O programa Roda Viva, da TV Cultura, da última segunda-feira (26), recebeu especialistas em Segurança Pública para debate sobre a decisão do Governo Federal de intervir no Rio de Janeiro e os reflexos em outros estados; além dos aspectos sociais da ascendente violência que acomete o País.
Flávio Werneck, presidente do Sindicato dos Policiais Federais no Distrito Federal (SINDIPOL/DF) e vice-presidente da Federação Nacional dos Policiais Federais (Fenapef), abordou assuntos de interesse direto da Corporação, como crime organizado, segurança nas fronteiras, meritocracia na PF e persecução penal.
Sobre o principal foco da discussão, a intervenção federal no Rio de Janeiro, Flávio definiu a iniciativa como um “analgésico que alivia a dor”. “A intervenção é um analgésico necessário agora porque a população está clamando por uma retomada da ordem. Mas nós temos que buscar maneiras de atingir o financiamento dessas organizações”, ressaltou.
Soluções para a Segurança
O presidente do SINDIPOL/DF disse ainda que a estrutura de Segurança Pública no Brasil está caminhando para a falência e que a experiência de outros países, como Portugal, Chile e EUA, poderia ser aplicada aqui. “Ninguém inventa a roda. Precisamos buscar boas práticas de fora do País e implementá-las”, afirmou. Para exemplificar, ele diz que no Brasil não se investe em prevenção. “Não existe uma polícia de proximidade para fazer um mapeamento mais real com banco de dados eficientes”, pontuou.
Participaram na bancada ao lado de Flávio o desembargador do Tribunal de Justiça de São Paulo, Edison Brandão; Sergio Adorno, coordenador do Núcleo de Estudos da Violência da USP; José Vicente da Silva Filho, coronel reformado da Polícia Militar e ex-secretário Nacional de Segurança; e Rodrigo Pimentel, ex-capitão do BOPE-RJ e roteirista do filme Tropa de Elite.
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