Flavio Werneck, presidente do Sindicato dos Policiais Federais no Distrito Federal (SINDIPOL/DF), e vice-presidente da Central dos Sindicatos Brasileiros (CSB), participou na última segunda-feira de audiência pública sobre o uso da legislação como forma de proteção social na Comissão de Direitos Humanos do Senado.
Werneck defendeu os Policiais Federais do Paraná após o senador Paulo Renato Paim (PT-RS) mencionar a solicitação de vistoria das condições de encarceramento na Superintendência da Polícia Federal no Paraná. “A crise carcerária é muito maior que as condições da SR Paraná; que é infinitamente superior do que qualquer outro presídio brasileiro. Temos que mudar nosso sistema carcerário brasileiro e o acesso à educação e ao trabalho. Enquanto não mudarmos essa chave, a palavra ressocialização é só uma mentira no Brasil”, afirmou Werneck.
Assédio moral e terror psicológico
O presidente do SINDIPOL/DF defende que o debate sobre direitos humanos deve se estender aos servidores públicos. “O senador Paulo Paim e a Comissão de Direitos Humanos, de forma inédita, abriram as portas para o debate sobre direitos humanos dos profissionais de Segurança Pública e dos servidores públicos como um todo. Existe sim assédio moral e terror psicológico no serviço público”, pontuou.
Werneck lembrou dos 42 policiais federais que cometeram suicídio entre 1999 e 2016. “Mais de 40 suicídios e o órgão busca o problema individual para dar a resposta. O problema é a família. Ele se separou, é alcoólatra, está usando drogas. O problema nunca é o meio ambiente de trabalho”, alertou.
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