A Federação Nacional dos Policiais Federais (Fenapef) e a Associação Nacional dos Escrivães de Polícia Federal (ANEPF) querem conhecer a opinião dos escrivães do órgão acerca do projeto de unificação dos cargos de agente e de escrivão de Polícia Federal. Para tanto, lançam nesta sexta-feira (3) enquete voltada para os servidores do quadro, com intuito de fundamentar tomadas de decisão em mesa de negociações junto a Direção-Geral da PF.
“Esse é um pleito antigo da carreira, que pode contribuir para atenuar as divisões na organização, coibir o assédio por parte de superiores e tornar o processo investigativo menos burocrático e mais objetivo”, afirma o presidente da Fenapef, Luís Antônio de Araújo Boudens.
O porta-voz justifica o projeto afirmando que escrivães recebem a mesma formação na Academia Nacional de Polícia que os agentes de Polícia Federal. No entanto, são resignados a realizar apenas atividades cartorárias. “É uma das formas de perpetuar a divisão de classes sociais nos órgãos de segurança pública”, explica Boudens.
Segundo ele, o edital do concurso da Polícia Federal, que também foi objeto de pedido de revisão, é prova disso. “O termo ‘auxiliar’ é expresso diversas vezes na descrição de atribuições dos cargos. Ora, na Constituição Federal, escrivão não é auxiliar de delegado, e sim investigador”.
Próximas consultas
A intenção das entidades representativas é estender a pesquisa para os demais cargos da PF nos próximos dias.
Para acessar a pesquisa, clique aqui.
Matéria inicialmente publicada no site da Fenapef.
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