Estacionados e parcialmente desmontados os Veículos Aéreos não Tripulados (Vants) da Polícia Federal, que já não decolavam desde fevereiro de 2016, foram doados à Força Aérea Brasileira (FAB) segundo reportagem do jornal Correio Braziliense.
Inicialmente os vants custaram cerca de R$ 150 milhões aos cofres públicos, e foram apresentados como solução para combater o crime organizado no Brasil, devido a sua capacidade de alcance operacional de dois mil quilômetros e capacidade de voar 37 horas ininterruptas.
Em 2017, ao ter conhecimento da intenção de doação dos drones, o Sindicato dos Policiais Federais no Distrito Federal (SINDIPOL/DF) encaminhou ofício ao Tribunal de Contas da União (TCU) solicitando a análise da referida “doação”.
Diante do valor investido com dinheiro público para compra dos Vants e treinamento dos policiais federais para operá-los, o não funcionamento de um projeto que poderia contribuir muito para o combate à criminalidade especialmente nas fronteiras brasileiras, o SINDIPOL/DF vem acompanhando há anos, o descaso da Polícia Federal com o projeto.
Policiais federais foram treinados para operar o sistema, com foco em informação de inteligência nas investigações. Procurada pelo Correio Braziliense, em fevereiro de 2017, a PF afirmou que uma comissão criada pela corporação para analisar o que fazer com os vants, havia apresentado a sugestão de utilizar os vants como ferramenta de inteligência, operacional e de investigação principalmente na área da Amazônia Legal.
A direção da Polícia Federal negou ao jornal O Globo que haveria doação de equipamentos, no entanto o posicionamento da PF não passou de promessa. Flávio Werneck, presidente do SINDIPOL/DF afirma que, com essa doação, todos os esforços para aperfeiçoamento e implementação foram desperdiçados. “Apesar dos nossos esforços a PF fez a doação, que denunciamos inúmeras vezes”.
Relembre o caso:
https://sindipoldf.org.br/noticias-sindipoldf/descaso-com-vants-da-pf-ocorre-3-anos/
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