Na última quarta-feira (20/03) o Presidente Jair Bolsonaro entregou à Câmara dos Deputados a proposta de aposentadoria das Forças Armadas; um problema que estava emperrando a tramitação da Reforma Previdenciária na Comissão de Constituição e Justiça. Mas, se há certa animosidade entre os parlamentares, vem da Polícia Federal as maiores reações contra a diferenciação dada às matérias.
O presidente do Sindicato dos Policiais Federais no Piauí, Marcos Avelino, afirma que o Presidente Jair Bolsonaro foi eleito com apoio em massa das forças de segurança pública e; no entanto, está privilegiando os militares. As duas reformas, segundo ele, foram montadas em ambientes diferentes.
“O Ministério da Economia fez a reforma geral, mas as forças armadas fizeram sua própria reforma. A entregaram ao Governo com os termos feitos por eles mesmo. O governo está desconsiderando esta paridade que sempre houve entre polícia e forças armadas. Estamos entendendo que o Governo diz que o trabalho das forças armadas é mais penoso que o da polícia brasileira e não podemos aceitar isso. É uma falta de respeito com os policiais”, reclama.
Na proposta de aposentadoria dos militares os principais pontos são: elevação da alíquota previdenciária de 7,5% para 10,5%; aumento do tempo para o militar passar para a reserva (de 30 para 35 anos na ativa); taxação de 10,5% nas pensões recebidas por familiares de militares. Marcos Avelino afirma que estas alterações prejudicam o conjunto das forças de segurança, em especial da Polícia Federal.
“Os policiais de maneira geral e em especial os Federais, se sentem desprestigiados coma reforma. A forma como está apresentada prejudica os profissionais de segurança pública. Transição está sendo imposta para os policiais, majorando idade mínima, que não temos hoje. Atualmente é com base em tempo de contribuição com no mínimo 20 anos de atividade policial”, disse o presidente da Associação dos Policiais Federais no Piauí.
Marcos Avelino concluiu afirmando que Jair Bolsonaro foi eleito com apoio maciço da segurança pública e que foram depositadas expectativas quanto ao respeito aos profissionais. O posicionamento, segundo ele, é da Polícia Federal através do Conselho Nacional de Representantes da PF. A ideia é sensibilizar o Governo e levar dados ao parlamento para tentar modificar as peculiaridades no tocante à reforma.
“Caso não aconteça haverá um desestimulo à carreira e os serviços comprometidos”, finaliza.
Material original no site do Douglas Cordeiro.
Comments are closed.