Em audiência pública da Comissão Especial da Reforma da Previdência, realizada na tarde desta quarta-feira (29), na Câmara dos Deputados, o presidente do Sindicato dos Policiais Federais no Distrito Federal e vice-presidente da Central dos Sindicatos Brasileiros (CSB), Flavio Werneck, criticou a proposta de capitalização inserida na Proposta de Emenda à Constituição 06/2019.
Werneck chamou a atenção para os problemas de privatização e os exemplos de capitalização no mundo, que resultaram em insucesso. “Exemplos são melhores do que qualquer cálculo espiritualista que foi colocado aqui acerca do que virá pela frente. Temos claramente, de 1981 até a data de hoje, vários países que privatizaram sua Previdência e que deram errado. Temos dados estatísticos comprovados. Ninguém leu o relatório final da conclusão do documento da OIT que analisou as privatizações”.
O presidente do SINDIPOL/DF complementa que sem as devidas informações, ficam inviabilizadas as discussões sobre o assunto e fez questionamentos ao governo acerca da falta de transparência para andamento da PEC. E enviou resposta ao ministro Paulo Guedes sobre a atuação dos servidores públicos, em especial os policiais federais, no combate à corrupção e resolução de crimes de colarinho branco com a operação Lava Jato.
“Sou policial federal de carreira e gostaria de falar a palavrinha mágica que está faltando nesta PEC: transparência. O que realmente o governo quer? Como os parlamentares vão se posicionar sobre algo que eles não têm acesso? A transparência é fatal, precisa ser colocada. Sem ela, nós não temos sequer condição de debater a proposta. Qual é a proposta? Facultativa? Obrigatória? Se eu sou liberal, não vou obrigar nenhum brasileiro a depositar dinheiro no banco de ninguém. Pois pelo espectro liberal, o brasileiro teria autodeterminação e ele poderia investir seu dinheiro onde bem entender”, enfatizou.
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