Diretor de Estratégia Sindical do Sindicato dos Policiais Federais no Distrito Federal, Flávio Werneck, fala sobre corte no orçamento da Polícia Federal para gastos com diárias e passagens, e como o corte pode afetar as operações
O contingenciamento de quase R$ 30 bilhões em gastos no orçamento anunciado pelo governo em março chegou à Polícia Federal. Em um comunicado divulgado nesta segunda (5), os policiais receberam novas orientações para gastos com diárias e passagens.
Agora, quando houver a necessidade de deslocamento de agentes e delegados para realizar uma operação da PF, é necessário que os dirigentes das unidades façam uma “criteriosa avaliação da necessidade de mobilização” que precisa ser acompanhada de manifestação por escrito justificando a falta de pessoal no local onde a ação policial acontecerá.
– Isso nunca existiu antes. – afirmou Flávio Werneck, presidente do Sindicato dos Policiais Federais no Distrito Federal (Sindipol-DF).
Segundo Werneck, as operações realizadas pelo órgão serão diretamente afetadas pelo corte de gastos.
– Com as novas exigências, as investigações que antecedem a deflagração da operação ficarão prejudicadas. Será mais difícil aprovar viagens nesse período que é justamente o de levantamento de informações para se deflagrar a ação policial.
A economia imposta à PF faz parte do bloqueio de gastos de R$ 1,2 bilhão feito pelo governo federal no Ministério da Justiça, de Sergio Moro. O documento que anuncia as novas regras foi assinado pelo Diretor de Administração e Logística, Roberval Ré Vicalvi, e pelo diretor de Gestão de Pessoal, Delano Cerqueira Bunn.
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