Fonte: Jornal Metro
Levantamento é da Federação Nacional dos Policiais Federais, que defende que essa não é a melhor maneira de investigar os casos
Um levantamento da Federação Nacional dos Policiais Federais Aponta que 94% dos inquéritos policiais não são concluídos no Brasil e acabam arquivados. O diretor-executivo, Fernando Vicentini, defende que esse procedimento é falho. “Inquérito não é feito para investigar. A polícia tem que focar na coleta de provas. Quem coordena o inquérito não tem nenhum contato com a investigação”, afirma.
Ele classifica que essa é uma maneira arcaica, burocrática e inquisitorial. “Se você for indiciado no inquérito, você assina uma nota de culpa sem ao menos ter ido a julgamento, sem ter tido chance de defesa. Para que serve isso? O que traz de beneficio a polícia perder tempo e ficar intimando as pessoas para serem ouvidas em delegacias se ao chegar no juiz elas podem mudar tudo que disseram?”, questiona.
Vicentine comenta que atualmente o processo é feito de forma inversa. “Se prende para investigar. Nós precisamos investigar para prender.” E sugere qual seria a maneira ideal. “Quando se chega a um local do crime, se o policial tiver uma equipe preparada, ele vai isolar o local, ouvir lá as testemunhas no calor dos fatos e fazer a identificação delas informalmente. Se fizer o relatório policial bem feito, todo processo é acelerado e o Ministério Público só vai oferecer denúncia caso haja provas”, explica.
Outra maneira para melhorar a investigação, segundo ele, é mudar o Código de Processo Penal que é de 1940. “Precisa ser mudado urgentemente”, opina.
Matéria publicada no jornal Metro Curitiba. Leia a edição completa aqui.
Comments are closed.