Fonte: JCNet
Colegas de trabalho, amigos e parentes estiveram nesta quinta-feira (25) no velório e sepultamento do policial federal Fábio Ricardo Paiva Luciano, morto em uma operação contra o tráfico de drogas, na noite de quarta-feira (25), em Bocaina, para prestar suas últimas homenagens. Muita comoção e tristeza marcaram a despedida de Paiva, como ele era conhecido. O sepultamento ocorreu no final da tarde de hoje, no Cemitério da Saudade.
Na página da Polícia Federal do Brasil no Facebook, dezenas de comentários criticavam a bandidagem e homenageavam o policial morto em serviço.
Bauruense do Jardim Bela Vista, Fábio Ricardo Paiva Luciano completaria 39 anos no dia 4 de outubro, segundo o irmão Lúcio Luciano Neto. Era casado há seis anos, mesmo tempo em que estava na carreira policial, e tinha um enteado de 18 anos.
Além da esposa, do enteado e dos pais, ele deixa também os quatro irmãos, Lúcio Neto, Fávio, Ana Clara e Rodrigo Luciano.
Fábio era formado em direito e chegou a advogar, mas acabou seguindo a carreira pública dentro da Polícia Federal anos depois.
“O sonho dele era ser policial, pegar bandidos. Chegou a estudar mais de 12 horas seguidas para conseguir passar no concurso. Era apaixonado pela Polícia Federal”, conta Lúcio Neto.
Despedida do herói
Aproximadamente 70 pessoas compareceram à cerimônia de sepultamento do policial federal Fábio Ricardo Paiva Luciano, realizado ontem a tarde no Cemitério da Saudade. Familiares, amigos, inúmeros policiais federais e representantes da OAB de Bauru prestaram suas últimas homenagens e se despediram do policial, que foi aplaudido por todos os presentes, que mencionaram, inclusive, que Fábio morreu como um herói, cumprindo seu dever em combate ao crime organizado.
A operação e morte do policial
O policial federal de Bauru morreu ao ser baleado durante troca de tiros com traficantes na noite desta quarta-feira (25), em Bocaina (69 quilômetros de Bauru). Fábio Ricardo Paiva Luciano foi socorrido, mas morreu na Santa Casa de Jaú. Um avião foi abatido durante a operação. A aeronave estaria carregada com mais de 500 quilos de droga.
Policiais federais de Bauru e Araraquara aguardavam a aterrissagem do avião numa pista clandestina localizada no meio de um canavial às margens da rodovia Comandante João Ribeiro de Barros (SP-255), que liga Jaú a Araraquara, na altura do quilômetro 136. No local, o JC apurou que a aeronave teria sido derrubada e acabou pegando fogo.
As chamas chegaram a se espalhar pelo canavial. Pelo menos quatro homens estariam aguardando pelo entorpecente no local.
Informações extraoficiais dão conta de que quatro criminosos, que estariam armados com fuzis, teriam se escondido no canavial. Equipes da Polícia Federal, com apoio de viaturas das polícias Militar e Rodoviária, fizeram buscas na região pela madrugada. Por volta de 1h45, o piloto do avião foi preso.
Segundo a polícia, na manhã desta quinta-feira (26), a Polícia Federal prendeu três criminosos, dois homens e uma mulher, que estavam escondidos no canavial próximo ao local do tiroteio.
Os policiais também localizaram um carro, com placas de Campinas, que estava carregado com munições e carregadores de fuzil.
Os três, além do piloto do avião, foram encaminhados para a delegacia da Polícia Federal de Bauru, onde o caso será registrado.
Testemunha ocular
Um caminhoneiro que jantava num posto de combustível às margens da SP-255 contou à reportagem que, por volta das 21h10, avistou o avião caindo e, em seguida, um incêndio. Momentos depois, de acordo com ele, um homem ensanguentado passou correndo pelo posto. A testemunha relatou ter ouvido uma intensa troca de tiros.
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