Na assembléia realizada hoje em frente ao Edifício Sede da Polícia Federal ficou decidido que os policiais federais do DF, assim como em todos os estados do Brasil, vão paralisar suas atividades amanhã, dia 21, como forma de protesto pelo descaso governamental com a causa salarial da classe.
De acordo com o presidente do Sindipol/DF Cláudio Avelar, o momento é delicado, pois há muito tempo a categoria vem tentando negociar um reajuste salarial e a negociação é sempre protelada pelo governo.” Fizemos uma pequena paralisação em 2003, uma greve de quase 60 dias em 2004, e se não nos manifestarmos agora, mais uma vez seremos passados para trás, não podemos deixar que isso aconteça”, completou.
A principal reivindicação dos policiais federais é o cumprimento da proposta apresentada pelo DPF e assinada pelo Ministro da Justiça, Marcio Thomaz Bastos, ano passado. A proposta é de um reajuste de 60%, que seriam pagos 30% este ano e mais 30% no ano que vem. “Essa proposta foi apresentada ao Ministério da Justiça, que apoiou e continua se mostrando a favor de nosso pleito, o que significa que é uma reivindicação justa”, diz Cláudio.
Todas as atividades tais como investigações, atendimento de passaporte, inquéritos, audiências, além das atividades que a Policia Federal realiza nos aeroportos, serão suspensas, funcionando apenas um efetivo mínimo para atender a eventuais emergências.
Amanhã durante todo o dia os funcionário do DPF estarão em frente ao Edifício Sede da Polícia Federal, no Setor de Autarquias Sul, realizando manifestações. O Sindipol/DF disponibilizará no local toda a estrutura necessária para que os policiais permaneçam mobilizados durante todo o dia. Será servido um café da manhã, às 8h00, um lanche às 11h00 e um outro lanche às 16h00.
Para o presidente do Sindipol/DF, a paralisação não é simplesmente deixar de trabalhar e sim vir trabalhar, se mobilizando em um local marcado e mostrar para o Governo Federal que os servidores da Polícia Federal querem e vão exigir respeito. Egidio, vice-presidente do Sindipol/DF lembrou que a folha de ponto será assinada no local da manifestação, evitando que o ponto dos funcionários seja cortado.
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