Laryssa Borges
O ministro da Justiça, Tarso Genro, anunciou que na próxima segunda-feira os diretores-gerais da Polícia Federal, Luiz Fernando Correa, e da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), Paulo Lacerda, irão se reunir para solucionar as críticas e definir em que medida os espiões podem atuar nas operações policiais.
A Polícia Federal acredita que a Abin extrapolou e atuou de forma “irregular” nas investigações sobre o esquema de desvio de recursos desbaratado na Operação Satiagraha, uma vez que não houve um “pedido institucional” para sua participação.
Suspeita-se inclusive que agentes do serviço de inteligência tenham monitorado o gabinete do presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Gilmar Mendes.
“Qualquer divergência que haja nas ações da Abin com a Polícia Federal, isso é consertado através do diálogo (entre Lacerda e Luiz Fernando Correa). São duas pessoas altamente qualificadas, que não têm problema em discutir qualquer questão que tenha aparecido nessa operação”, disse o ministro.
“(O Ministério da Justiça) não só está recomendando (a conversa), como o doutor Luiz Fernando, na semana que vem, vai iniciar esse tipo de conversação para ver se é necessário algum tipo de ajuste”, anunciou Tarso, afirmando que ele próprio não tem “nenhuma informação sobre a possibilidade de a Abin estar extrapolando”.
“Esse trabalho entre as duas agências tem enormes responsabilidades em diferentes níveis e sistemas operacionais e necessariamente tem que ser diferentes. É isso que vamos conversar”, disse.
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