Governo rompe acordo que opôs o presidente da República a militares, diz não aceitar imposições e surpreende operadores de vôo, que concordaram em voltar ao trabalho sob o comando de oficiais
Carlos Moura/CB | | | | Na sexta-feira, Lula capitulou diante das exigências dos controladores de vôo que haviam paralisado todos os aeroportos do país. Ontem, diante dos representantes da categoria, o ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, mudou o tom do discurso. Anunciou que estava suspenso o acordo pelo qual o governo editaria medida concedendo gratificação e dando início à desmilitarização do controle do tráfego aéreo. Disse que o diálogo com os sindicalistas só será retomado quando houver a normalização dos vôos e sob o comando dos militares. E mais: afirmou que as negociações foram assumidas pela Aeronáutica. Surpresos, os controladores cederam, prometendo não cruzar os braços pelo menos durante o feriadão da Semana Santa. “O governo não negocia com a faca no pescoço”, disse Lula, que se reuniu com o ministro da Defesa e os comandantes da Aeronáutica, Exército e Marinha (foto), para assegurar que a hierarquia militar não será desrespeitada.
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