Fonte: Fenapef
A Federação Nacional dos Policiais Federais vem a público expressar seu apoio aos agentes federais que foram injustamente responsabilizados pelo atraso da Operação ESOPO, através de um relatório com motivação política, feito para disfarçar a perseguição aos policiais federais responsáveis pelo sucesso das investigações.
Ao contrário das demais carreiras públicas, a última greve dos policiais federais não buscou reajustes de salário, e incomodou parte da conjuntura política do país, quando denunciou o sucateamento proposital da Polícia Federal, como castigo pelas operações anticorrupção que incomodaram alguns setores do Governo Federal.
Para disfarçar o congelamento promovido no órgão, a direção da Polícia Federal tem divulgado como produtividade apreensões de drogas realizadas por outros órgãos policiais onde a PF realiza apenas a formalização em cartório, e uma grande quantidade de atividades rotineiras têm sido glorificadas com nomes hollywoodianos de operações, para gerarem estatísticas.
A última pesquisa realizada pela Fenapef no mês passado causou alvoroço em Brasília, quando mais de 89,37% dos policiais entrevistados disseram existir “controle político das investigações da Polícia Federal”, e mais de 90% consideraram a atual gestão péssima ou ruim, conforme noticiado pelo jornal Folha de São Paulo (veja AQUI).
Em Belo Horizonte, está em andamento o Inquérito Civil nº 247/2013 do Ministério Público Federal, que já recebeu indícios de abusos da gestão da PF em Minas, na injustificável retirada de policiais federais experientes de setores especializados de análise criminal e inteligência policial, com prejuízos para a Operação ESOPO.
Por conta dessas denúncias, gestores da Polícia Federal tentam esconder a verdade: houve um atraso na Operação ESOPO porque policiais experientes e dedicados foram retirados dos seus setores de origem, e realocados em setores burocráticos, como forma de castigo por participarem do movimento sindical e lutarem contra o sucateamento da PF.
A greve dos policiais federais foi considerada legal pelo Superior Tribunal de Justiça, porque todas as atividades essenciais foram mantidas, e todas as determinações judiciais foram cumpridas.
Por tal motivo a greve foi encerrada com um Acordo Trabalhista firmado entre a Federação Nacional dos Policiais Federais e o Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão, com a proibição de qualquer prejuízo funcional aos servidores grevistas (esse acordo tem sido vergonhosamente descumprido pela atual gestão da PF);
Durante todo o movimento de greve, o Sindicato da PF em Minas manteve contato ininterrupto com a gestão regional do órgão. Todas as demandas urgentes ou essenciais comunicadas pela gestão da PF foram atendidas e em momento algum, a Administração Regional da PF solicitou ao Sindicato um reforço de policiais para o Núcleo de Inteligência, onde foi realizada a operação ESOPO.
Qualquer atraso da Operação ESOPO deve ser creditado à atual Administração da Polícia Federal, que persegue de forma arbitrária os policiais federais experientes e dedicados, que incomodam por irem às ruas lutar contra o sucateamento da PF.
Será que a greve da PF foi uma conveniente desculpa para desmontar a estrutura operacional e de inteligência do órgão, principalmente nas capitais onde houve investigações relacionadas aos escândalos do atual governo?
Veja no link abaixo a Nota Conjunta da Fenapef e Sinpef/MG em apoio aos agentes federais responsáveis pela Operação ESOPO.
Comments are closed.