Mais três jovens, acusados de integrar uma quadrilha especializada no tráfico de ecstasy e com conexões no Distrito Federal, Goiás e Minas Gerais, foram presos pela Polícia Federal. Eles estavam com 2.930 comprimidos da droga sintética. É a maior apreensão da droga na região.
O goiano João Carlos de Paula, 25 anos, foi preso em Goiânia (GO), na última quarta-feira, com 1,9 mil comprimidos de ecstasy, em uma ação conjunta de policiais federais lotados em Brasília e da capital goiana. Com ele também foram apreendidos comprovantes de depósitos bancários acima de R$ 1 mil. Os recibos têm Gabriel Abrahão Chaim como favorecido. Natural do Rio de Janeiro, Gabriel mora há quatro meses em Goiânia. Ele é apontado pelos policiais como o fornecedor da droga.
Ao saber da prisão de João Carlos, segundo os investigadores, Gabriel fugiu de Goiânia. Ele foi encontrado na tarde de ontem, em Uberlândia, por policiais federais que trabalham na cidade mineira. Gabriel foi preso quando recebia um carregamento de 1.030 comprimidos de ecstasy do mineiro Renato de Carvalho Souza, que também acabou flagrado pelos policiais federais. A droga havia sido enviada por meio de Sedex, dos Correios. A caixa de papelão da correspondência foi levada para Goiânia, assim como outros comprovantes de depósitos bancários em nome de Gabriel.
Olho de Shiva
Agentes da PF em Goiás informaram que estavam programadas diligências em Brasília durante a madrugada de ontem para hoje para tentar prender outros jovens envolvidos com a quadrilha. A Delegacia de Repressão a Entorpecentes (DRE), da Polícia Federal em Brasília, coordenou toda a operação.
O delegado Felipe Tavares, chefe da DRE, confirmou as prisões, mas não quis dar mais detalhes. “Contaremos tudo amanhã (hoje), em uma entrevista coletiva”, disse. Mas os policiais de Goiás revelaram que as três prisões são resultado da operação Olho de Shiva – uma referência às imagens impressas em micropontos de LSD, droga também muito popular nas raves –, desencadeada na festa Federal Weekend, realizada entre os dias 1º e 3 de julho, no Hotel Blue Tree.
A partir da festa, os policiais federais começaram a seguir os passos de João Henrique Marra de Freitas, que estaria vendendo ecstasy e LSD aos convidados. Um mês depois, João Henrique foi preso em flagrante com 400 micropontos de LSD e 560 comprimidos de ecstasy, que seriam revendidos na rave Trancedence, em Alto Paraíso (GO). Com a prisão de João Henrique, os policiais chegaram a Gabriel Chaim.
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