Fonte: Portal Terra
Depois de ter dado tudo certo na chegada de Holanda e Itália ao Rio de Janeiro, os responsáveis pelo Centro Integrado de Comando e Controle Regional disseram que as manifestações já não preocupam tanto no Rio de Janeiro como no ano passado, durante a Copa das Confederações.
“A reprovação das pessoas à violência das manifestações do ano passado faz com que tenhamos um cenário mais antagônico este ano”, disse o delegado Roberto Alzir, da secretaria de Segurança do Estado. “Os vândalos dependem das massas para garantir a eles o anonimato. Em ambientes com menos pessoas eles tem menos chance de atuar”.
Sobre a ameaça de uma grande carreata que está sendo convocada pelas redes sociais para tentar bloquear as chegadas de torcedores e delegações a algum dos jogos no Maracanã, a garantia é que o serviço de inteligência está monitorando tudo.
“Cada seleção tem pelo menos quatro rotas alternativas para os deslocamentos. E a rota é definida por nós depois de ver as rotas por câmeras de ruas, de viaturas e de helicópteros. Esperamos não precisarmos usá-las”, afirmou o delegado da Polícia Federal, Anderson Bichara, responsável pelo comando no Rio.
Sobre as duas manifestações de poucas pessoas que deram um nó no Rio na tarde de quarta, Alzir disse que não há um protocolo definido para atuação em manifestações. “Cada evento merece um estudo isolado, e administrado de maneira isolada. Obstrução de vias é contrária à lei. Mas o cenário nos obrigou a repensar e discutir até onde vai o direito de um de atrapalhar a vida dos outros. Não é a polícia sozinha que vai definir esse ponto de equilíbrio”, afirmou.
Há preocupação também, de acordo com Bichara, com ameças terroristas. “Quando se fala em terrorismo em um grande evento, mesmo com o fato de não sermos alvo, podemos ser palco de terrorismo e nunca se pode descartar”, disse Bichara, afirmando que as forças de segurança pública receberam treinamento adequado para enfrentar essas situações.
“Temos grupos de atuação antibomba, de varreduras contra armas químicas, biológicas e radiológicas, que podem atuar no Maracanã, hotéis e por onde as delegações possam passar”, disse. Por enquanto não há intenção de reforçar a segurança em nível de revista pessoal em pontos turísticos da cidade.
Da parte da Polícia Militar, o coronel Djalma Beltrami disse que a polícia do Rio nunca empregou tantos efetivos em um evento como este ano na Copa do Mundo. “São quase cinco mil homens a mais, sem deixar de lado a segurança em nenhuma área do Estado”, afirmou.
As delegações vão ter o mesmo efetivo de carros e de homens (cerca de 50) em cada deslocamento pela cidade, ou para jogos, para viagens ou para treinos: oito batedores do exército, duas viaturas da Policia Federal, uma viatura da Polícia Rodoviária Federal, um helicóptero da PF, três viaturas do Corpo de Bombeiros, três motos do corpo de bombeiros e um helicóptero dos Bombeiros.
Neste sábado pela manhã, o Corpo de Bombeiros vai realizar um ensaio de evacuação do estádio do Maracanã, outro ensaio de emergências médicas e outro de comunicação para que tudo esteja pronto para o primeiro jogo da Copa no estádio, no domingo, 15 de junho entre Argentina e Bósnia.
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