Fonte: Fenapef
Nesta quarta-feira, 12, os agentes federais protestaram na Esplanada dos Ministérios, e conduziram a Marcha dos Elefantes Brancos contra a burocracia e péssima gestão da segurança pública brasileira. A federação nacional dos policiais federais calcula que aproximadamente 700 agentes, escrivães e papiloscopistas estiveram presentes, e acompanharam seis grandes elefantes brancos infláveis, que vieram em caravanas de todo o país.
Apesar de serem a única carreira federal que sofre um congelamento salarial que completa cinco anos, a greve dos agentes federais critica a crise da segurança pública brasileira, e denuncia que péssimos gestores são os grandes responsáveis pelo aumento da violência que aterroriza toda o país. O movimento manteve parte do efetivo trabalhando para não prejudicar a população, e não comprometer os serviços considerados essenciais e ininterruptos.
Segundo Jones Borges Leal, presidente da federação nacional dos policiais federais, “a sociedade exige uma polícia moderna, pois estamos cansados de tanta ineficiência. E a culpa não é do policial, mas sim dos péssimos gestores. É lamentável o governo federal manter um modelo policial burocrático, e sucatear os agentes federais que combatem o crime organizado, a corrupção e o tráfico internacional de drogas e armas, enquanto assistimos na TV o absurdo aumento da criminalidade que ceifa a vida de milhares de inocentes todos os anos“.
Carros de som tocaram a música “o passo do elefantinho”, de Henry Mancini, e os gritos de protesto da multidão chamaram a atenção de vários congressistas, entre deputados federais, senadores e deputados distritais que falaram no evento. O recém-empossado presidente da Comissão de Segurança Pública da Câmara, deputado federal Pauderney Avelino prestigiou o movimento, e apoiou uma Audiência Pública para analisar a crise da Polícia Federal no Congresso Nacional.
À noite, em frente ao Palácio do Planalto, os agentes, escrivães e papiloscopistas federais fizeram um ato de vigília, em homenagem aos vários policiais mortos em serviço ou envolvidos nos vários casos de suicídio, considerados um reflexo de uma gestão que abandona à própria sorte servidores com doenças psíquicas agravadas pelo estresse do trabalho policial. Todos os elefantes brancos ficaram alinhados e velas foram acesas em homenagem aos colegas ausentes.
Hoje a greve continua em todo o país, e dirigentes sindicais em todos os estados estarão disponíveis para entrevistas, onde poderão ser relatados os problemas locais dos aeroportos, e maiores fragilidades na segurança pública. Para acesso aos dirigentes sindicais, entre em contato conosco.
Comments are closed.