Duas toneladas de cocaína foram apreendidas, 35 pessoas foram detidas e 22 imóveis acabaram confiscados durante operação conjunta entre Brasil e Bolívia de combate ao tráfico internacional de drogas. A ação, batizada de Operação Brasil-Bolívia (Brabo), começou na segunda-feira e se estendeu até ontem na cidade boliviana de Puerto Suárez, na fronteira com Corumbá, no Mato Grosso do Sul. Também ontem, o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, firmou novos acordos de cooperação com a Bolívia para o combate ao tráfico e sobrevoou áreas de plantio de coca que estão sendo destruídas pelo governo local.
Além da droga, foram recolhidas armas e carros. A cocaína e os bens apreendidos, incluindo os imóveis, foram avaliados em US$5,8 milhões. A ação também coibiu o tráfico de pessoas e animais silvestres e reuniu Polícia Federal, Ministério da Justiça, Força Nacional de Segurança, Forças Armadas e órgãos de segurança da Bolívia.
O novo acordo assinado por Cardozo prevê o uso de avião não tripulado – de fabricação israelense e integrado à frota da PF há dois anos – para a fiscalização da fronteira, rastreamento das comunicações e monitoramento do deslocamento de traficantes. O acordo também incluiu, por parte do Brasil, treinamento e capacitação de policiais e militares bolivianos e o financiamento de equipamentos.
De acordo com as informações de órgãos de segurança da Bolívia, o Brasil é o principal mercado para a cocaína produzida naquele país. A droga é enviada pelo tráfico brasileiro para mercados da Europa e África. A fronteira entre os dois países tem 3.100 quilômetros.
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