O ministro prometeu que antes do dia 27 define o nome, que ainda precisa ser submetido ao crivo da presidente eleita
Vannildo Mendes
A demora na escolha do futuro diretor-geral da Polícia Federal acirrou o clima de disputa na corporação e ampliou o número de candidatos ao cargo. Os delegados Roberto Troncon Filho, diretor da Divisão de Combate ao Crime Organizado (Dcor), e Ildo Gasparetto, superintendente do órgão no Rio Grande do Sul, lideram a corrida pela sucessão. Mas o futuro ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, não se definiu e estendeu as sondagens.
Cardozo já se reuniu com o Ministério da Justiça e com a atual direção da PF. No momento, intensifica as consultas a entidades de classe, como a Associação dos Delegados da Polícia Federal (que representa os delegados) e a Federação Nacional dos Policiais Federais (que congrega todos policiais).
O ministro prometeu que antes do dia 27 define o nome, que ainda precisa ser submetido ao crivo da presidente eleita Dilma Rousseff, pela natureza sensível do cargo. Com 15 mil servidores, a PF executa um orçamento de R$ 4,5 bilhões, maior do que o de vários ministérios, inclusive o da Justiça, ao qual é subordinada.
O futuro ministro já definiu que o escolhido será alguém de dentro da própria corporação. Mas como a escolha está em aberto, os lobbies se articularam com força. A Federação Nacional dos Delegados de Polícia (Fenadepol), por exemplo, fez votação nacional e entregou ao ministro lista sêxtupla com os mais votados. São eles os delegados Sandro Torres Avelar, diretor do Sistema Penitenciário Federal (32%); Troncon (21%), Getúlio Bezerra, (16%); Gasparetto (14%), José Mariano Beltrame, secretário de Segurança do Rio (9%) e Leandro Coimbra, superintendente em São Paulo (8%). Gasparetto é tido como favorito porque tem apoio de Tarso Genro, governador eleito do Rio Grande do Sul.
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