Fonte: Alô Brasília
Os policiais federais do Distrito Federal iniciaram ontem (19) uma paralisação de 48 horas das atividades corporativas. Cerca de 60 agentes, escrivães e papiloscopistas doaram sangue no Hemocentro como forma de protestar pela reestruturação da carreira. Os grevistas também pedem o fim do assédio moral na PF. Outros estados aderiram ao movimento.
De acordo com o Sindicato dos Policiais Federais no Distrito Federal (Sindipol-DF), a paralisação é devido ao descumprimento do Governo Federal de alguns acordos assinados com a categoria. Além disso, ele informou que todos os serviços prestados pela PF para a população continuam funcionando, normalmente, incluindo a emissão de passaporte e certidões. O sindicato propõe a equiparação salarial com as carreiras de agências reguladoras.
Para o presidente do Sindipol-DF, Flávio Werneck, o policial que não tem as atribuições em lei é péssimo para sociedade, pois isso acaba gerando desvio de função, como um policial experiente em investigação, realizando trabalhos administrativos. “Hoje temos apenas 8% de efetividade, ou seja, apenas 8% das investigações que realizamos são finalizadas. Em comparação com outros países, esse número é irrisível, como o caso do Chile, que tem uma efetividade de 83%”, destacou.
De acordo com o Werneck, a previsão é que no dia 26 o Ministério do Planejamento encaminhe uma proposta de reestruturação de carreira aos servidores da PF. Mas o órgão federal afirma que não há previsão de que seja apresentada nova proposta.
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