“Essa aconteceu de verdade”. O patrão conversava com uma candidata a empregada doméstica. Lá pelas tantas o homem perguntou quanto ela queria ganhar. Sem pestanejar, a moça respondeu – “Depende, vai ser com 'penso' ou sem 'penso”?
O sujeito não entendeu e pediu que a mulher explicasse melhor. Ela então colocou francamente os pingos nos is.
– “Com 'penso', significa que eu vou ter que escrever a lista de compras, decidir o que fazer para o jantar, e por aí vai. Sem 'penso', eu vou só receber e cumprir ordens. Vocês dizem o que eu tenho que fazer, e eu faço. Só tem uma coisa – com 'penso' é mais caro…”.
Depois de ouvir essa história deliciosa, fiquei pensando nos executivos que eu conheço e principalmente nas pessoas que contratam essa gente. Todo e qualquer funcionário da área de marketing e propaganda deveria saber pensar, formular estratégias e tomar decisões com base em conhecimentos técnicos e bom senso. Porém, por incrível que pareça, nem todo mundo tem essa capacidade.
O problema começa em casa, passa pelos colégios e depois prossegue nas universidades. Poucos pais e professores estão preocupados em estimular nossos jovens a pensar. *Pior – tem muito chefe ( não confunda com líder ) que prefere paus mandados a pessoas articuladas, porque esses podem expor as deficiências e desafiar a autoridade de quem está tranquilamente acomodado na sua zona de conforto particular. *
É por isso que anda tão difícil achar profissionais com 'penso' em nosso mercado. “É também por esse motivo que gente com ‘penso’ é bem mais cara”.
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