Por 13 votos a um, o Conselho de Ética da Câmara aprovou novamente nesta sexta-feira o parecer do relator do processo contra o deputado e ex-ministro José Dirceu (PT-SP), que pede a cassação do mandato parlamentar do petista. O caso segue, agora, para votação no plenário da Casa.
Os integrantes do Conselho aprovaram hoje requerimento pedindo para que o plenário vote o processo de cassação na próxima quarta-feira. O presidente da Casa, Aldo Rebelo (PC do B-SP), afirmou ontem que pretende colocar em votação no dia 23.
O presidente do Conselho, Ricardo Izar (PTB-SP), não votou. Angela Guadagnin (PT-SP) foi a única que votou a favor de Dirceu, que não participou da sessão.
O Conselho de Ética chegou a votar o processo contra José Dirceu na semana passada, mas uma decisão do STF (Supremo Tribunal Federal) anulou a sessão. Na ocasião, os parlamentares aprovaram o voto do relator também por 13 votos a um.
Os advogados de Dirceu anunciaram que irão entrar com mais um mandado de segurança no Supremo.
Esquema
O deputado petista é acusado de ser o mentor do esquema de distribuição de dinheiro a deputados de partidos aliados em troca de apoio ao governo.
Após sucessivas protelações, o processo deverá ser julgado no plenário da Câmara no dia 23 de novembro.
Dirceu tem reafirmado que as decisões tomadas contra ele são políticas e que os membros do Conselho não terão coragem de votar pela sua absolvição, ainda que não existam provas contra ele.
No entanto, ele acredita que o resultado da votação poderá ser diferente no plenário da Câmara. Ao contrário do que ocorre no Conselho de Ética, a votação em plenário é secreta.
Outros acusados
No próximo dia 9, o plenário da Câmara vai apreciar o processo contra o deputado Sandro Mabel (PL-GO). Nesta semana, o Conselho de Ética aprovou, por unanimidade, o pedido de arquivamento do processo contra o parlamentar.
O Conselho ainda tem 11 processos para analisar. “Quando aumentar o volume de processos, o presidente vai colocar dois ou três por semana”, disse Izar.
De acordo com ele, se o Conselho não conseguir finalizar os trabalhos até o dia 20 dezembro, será feita uma autoconvocação. “Não havendo possibilidade, já está acertado que vai haver uma autoconvocação não remunerada e nós vamos trabalhar janeiro e fevereiro aqui.”
Com informações da Agência Brasil
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