O presidente da Seccional da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) no Rio, Wadih Damous, disse hoje (14), em nota, que “a corrupção na polícia é um cancro que torna inútil qualquer política séria e efetiva de segurança pública”. Ele comentou assim as prisões de policiais do Rio acusados de corrupção e de manter ligações com traficantes de drogas.
Na avaliação do presidente da OAB-RJ, a corrupção nas polícias Civil e Militar é um problema antigo no Rio e nunca se percebeu vontade política de combatê-la. A entidade vê, no entanto, com bons olhos a Operação Guilhotina, deflagrada na última sexta-feira (11) pela Polícia Federal, em conjunto com a Secretaria de Segurança Pública.
“Devemos aplaudi-la, mas obviamente não podemos deixar de ressaltar que a operação não pode prescindir dos elementos de legalidade e nem deixar de assegurar aos acusados amplo e efetivo direito de defesa”, afirmou Damous. Ele espera que a Operação Guilhotina “livre a população dos maus policiais e reduza a corrupção policial a níveis insignificantes”.
Segundo o presidente da OAB-RJ, a operação complementa a política de pacificação e uma nova visão que passa a prevalecer na segurança pública, de combate mais inteligente ao tráfico e às milícias. Damous lembrou que, anteriormente, as ações levavam à morte de muitos inocentes e de policiais. “Agora, com as UPPs [unidades de Polícia Pacificadora] e os investimentos sociais nas favelas, vê-se uma política inteligente e cidadã de segurança pública”.
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