Fonte: Agência Lusa de Notícias
Paulo Rodrigues, que falava à agência Lusa sobre a proposta de Orçamento do Estado hoje apresentada pelo Governo, disse que os “cortes” previstos em várias áreas irão afetar a “eficácia e a qualidade” da segurança pública, apesar de o executivo insistir em dizer o contrário, num ano em que se prevê que haja um aumento da criminalidade e da conflitualidade social.
Os previsíveis cortes salariais e a repercussão negativa desta medida na “motivação” e empenho dos polícias, assim como a falta de verbas suficientes para despesas do dia-a-dia da polícia, incluindo equipamento, foram preocupações manifestadas pelo presidente da ASPP, a par do facto de com este orçamento “haver menos entradas” na PSP e “menos saídas para a aposentação”, o que agravará o problema do envelhecimento dos efetivos policiais.
Dos dados disponibilizados pela proposta de Orçamento, Paulo Rodrigues teme também que o executivo se prepare para acabar com o subsistema de saúde da PSP, insistindo na convergência com a ADSE.
O orçamento para a Administração Interna é de 1.949 milhões de euros, verificando-se um diminuição de 6,8 por cento face a 2013, segundo a proposta de lei do Orçamento do Estado para 2014 entregue hoje no parlamento.
Em termos de estrutura da despesa total consolidada, o orçamento para 2014 evidencia que as despesas com pessoal e a aquisição de bens e serviços absorvem, respetivamente, 77,1 e 13,2 por cento, dos recursos em 2014.
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