A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Tráfico de Armas ouviu na tarde de ontem, o advogado Luís Mário Belleza, preso em Bagé (RS), em março de 2003, com armamentos ilegais. Foi uma das maiores apreensões de armas e munições já realizadas no País: 6 carabinas, milhares de cartuchos de diversos calibres, 2 espingardas, 3 fuzis, 1 metralhadora, 26 pistolas, 5 revólveres e 4 rifles. Belleza argumenta que é colecionador de armas, mas não tem registro no Exército. Ele foi indiciado, mas já está solto.
Durante a tarde, os parlamentares ouviram o depoimento do motorista Humberto Silva, que dirigia caminhão apreendido na Operação Gatilho, da Polícia Federal, no início do mês passado, no Rio Grande do Sul.
Na semana passada, foram ouvidos outros três envolvidos na Operação Gatilho. A intenção da CPI ao ouvir Silva foi esclarecer pontos contraditórios dos outros depoimentos.
Fazendeiro diz que armas apreendidas eram de coleção
O pecuarista Luís Mário de Oliveira Belleza disse à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Tráfico de Armas, em reunião, que é colecionador de armas de fogo e Diretor do Clube de Tiros da cidade de Bagé (RS). Belleza revelou que não é proprietário de todas as armas apreendidas na sua casa em março de 2003. Na ocasião, foram encontradas 47 armas de fogo, muitas de fabricação estrangeira, além de munição de grosso calibre
Sem registro
O pecuarista explicou que estava reunindo armas para uma exposição que arrecadaria recursos para o clube de tiros. Questionado pelos parlamentares, ele informou que não tinha registro nem de colecionador nem de esportista, devido a pendências com a Receita Federal. Ele reconheceu ainda que algumas de suas armas não tinham registro.
Motorista diz que transportou munição sem nota fiscal
O motorista Humberto Silva disse à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Tráfico de Armas, em depoimento, que transportou munição sem nota fiscal pelo menos seis vezes. Silva afirmou que, em algumas dessas viagens, a munição era escondida embaixo de aproximadamente 600 kg de cravo da índia.
Um caminhão conduzido por Silva foi apreendido no início do mês passado pela “Operação Gatilho”, da Polícia Federal (PF), no Rio Grande do Sul. O motorista informou que a viagem foi a primeira que realizou a mando de Antônio Ferreira Farias. Segundo ele, Antônio recomendou que a carga fosse colocada no fundo falso do caminhão, para evitar assaltos.
Humberto Silva viajou da cidade de Timbaúba (PE) e foi até Porto Alegre (RS), onde disse ter pegado 20 caixas de munição com nota fiscal na empresa Rossi. Ele informou ter ido, em seguida, à cidade de Estação (RS), onde recebeu o restante da mercadoria, desta vez sem nota fiscal. Quando estava retornando para Pernambuco, o caminhão foi abordado pela PF, toda a carga foi apreendida e Silva ficou preso durante 18 dias.
Depôs também à CPI ,o advogado Luís Mário Belleza, preso em Bagé (RS), em março de 2003, com armamentos ilegais.
Fonte: Agência Câmara
maio
05
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