Relatório da Polícia Federal aponta que aumentou significativamente o uso de explosivos em ações criminosas no país.
Um dos indicativos disso é que ao menos 1,06 tonelada de explosivos foi furtada em 2010, segundo o Exército, que controla a fabricação e o uso de artefatos. Os furtos ocorrem em pedreiras e mineradoras, afirma a PF.
A quantidade furtada subiu 170% sobre 2009, quando foram levados 392 kg.
No Rio, os artefatos começam a fazer parte da guerra pelo controle de jogos caça-níqueis. Principalmente no Nordeste, são usados em assaltos a agências bancárias.
O relatório afirma que um atentado ocorrido no Rio em abril de 2010 contra Rogério Andrade, 47, acusado de comandar a máfia dos caça-níqueis, teve participação de ex-agentes da Mossad, o serviço secreto israelense, e de um ex-sargento do Exército especializado em explosivos.
A utilização de explosivos contra bancos também preocupa a PF. Documento obtido pela Folha aponta que 52 agências do Banco do Brasil foram assaltadas com o uso desses artefatos no país. Em 2009, foram apenas três.
Dados do Exército apontam furtos de explosivos em MG, RS, PR, SC, AL, GO e RO.
“A ocorrência de atentados com explosivos pode indicar uma escalada nos métodos violentos usados pelo crime organizado. Em diversos países esse estágio já foi alcançado”, diz o relatório.
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