Depoimento foi fechado; defesa orientou banqueiro a ficar calado. Justiça ainda interroga ex-presidente da Brasil Telecom Humberto Braz. O sócio-fundador do Grupo Opportunity, Daniel Dantas, prestou nesta quarta-feira (22) depoimento de cinco horas ao juiz da 6ª Vara Criminal Federal de São Paulo, Fausto De Sanctis. A audiência começou às 14h50 e só terminou às 20h. A assessoria de imprensa da Justiça Federal não confirmou se Dantas permaneceu calado, seguindo a orientação que seu advogado, Nélio Machado, antecipou à imprensa antes do depoimento, ou se respondeu às perguntas do juiz. Todos os réus negam as acusações. A defesa de Chicaroni afirma que não houve oferecimento de propina por parte dele e, sim, um pedido de suborno feito pelo delegado. Interrogatório O novo interrogatório dos réus se deve a uma modificação no artigo 44 do Código de Processo Penal, que afeta a lei 11.719. Com a alteração, o interrogatório dos réus passa a ser realizado ao final do processo, e não no início. A PF usa como prova contra os três réus gravações A Operação Satiagraha foi deflagrada no dia 8 de julho e prendeu também o ex-prefeito de São Paulo Celso Pitta e o investidor Naji Nahas por suspeita de crimes financeiros.
De Sanctis comandou a audiência ao lado do procurador da República Rodrigo de Grandis. Depois de Dantas, o juiz ouve agora Humberto Braz, ex-presidente da Brasil Telecom, e em seguida – se os depoimentos não forem suspensos pelo juiz – será a vez do lobista Hugo Chicaroni.
Dantas, Braz e Chicaroni são réus em ação penal acusados de terem tentado subornar com R$ 1,18 milhão o delegado Victor Hugo Rodrigues, da Polícia Federal, para que o nome de Dantas fosse retirado das investigações que deflagaram a Operação Satiagraha, da PF.
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