O dia 16 de novembro é marcado no calendário para celebrar o Dia do Policial Federal. A exemplo dos últimos sete anos, porém, não há o que comemorar. Esta data deve ser marcada pela reflexão, pela tomada de posição com relação à subtração de direitos, do contínuo arrocho salarial e do crescente assédio moral aos Policiais Federais.
Nada de específico temos para comemorar. Em negociação há quase 1.000 dias, o governo tem mostrado que a valorização do servidor da Polícia Federal – e consequentemente da instituição – passa ao largo do seu plano de governo, muito ao contrário daquilo que apregoou na campanha eleitoral.
Não há como esconder que o latente corporativismo interno de uma categoria tem minado a paz e o companheirismo dentro da instituição. Estamos enfrentando, sem dúvida, a mais grave crise da história da Polícia Federal. O despreparo dos dirigentes, a omissão e o indisfarçável desprezo às demais categorias estão levando os policiais federais a uma guerra fraticida de proporções inimagináveis.
A data, pois, é propícia apenas à reflexão de que as autoridades do governo tomem consciência de que não há solução fora da reestruturação da arcaica e injusta estrutura da instituição. É preciso que o servidor policial federal tenha reconhecida a sua valorização funcional e que volte a exercer, sem desânimo, um serviço público de qualidade. Sem isto, a Polícia Federal estará fadada ao fracasso.
A negociação continua e continuará até que o governo esteja convencido da importância dos policiais federais para a sociedade brasileira. Todos estamos esperançosos de que, em breve, os nossos direitos estejam reconhecidos.
O 16 de novembro, portanto, serve apenas para celebrar a nossa campanha nacional “SOS Polícia Federal” e – custe o que custar – manter acesa a chama da consciência de que não arredaremos pé da luta em defesa dos nossos direitos.
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