Oposição e governo terão estratégias distintas nesta terça-feira no primeiro depoimento do ex-chefe de Contratação e Administração de Material dos Correios Maurício Marinho na CPI Mista criada para investigar o caso de corrupção na estatal.
Enquanto a oposição tentará ligar as investigações da estatal ao suposto esquema de pagamento de mesadas pelo PT a deputados do PP e PL, a base governista fará o caminho inverso e buscará restringir o trabalho da comissão parlamentar de inquérito aos Correios.
“Se a Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos é fonte de um partido [o PTB], é óbvio que há um link com o “mensalão”. É inevitável, vamos trazer isso para a CPI”, afirmou o senador Álvaro Dias (PSDB-PR).
A preocupação dos governistas é de não permitir que as acusações sobre o “mensalão”, feitas pelo presidente licenciado do PTB, Roberto Jefferson, e que já levaram à demissão de José Dirceu (PT-SP) da Casa Civil, sejam o foco das apurações da comissão. “Temos de tirar o Roberto Jefferson da posição de acusador para colocá-lo no banco dos réus”, adiantou a senadora Ideli Salvatti (PT-SC).
Além do primeiro depoimento na CPI, os oposicionistas tentarão acelerar a votação dos requerimentos que já chegaram à secretaria da comissão. No total, 146 pedidos de convocação, de quebra de sigilos e requerimentos de informação estão em análise na CPI.
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