Os Agentes, Escrivães e Papiloscopistas lotados em Brasília que foram escalados para trabalhar no Rio de Janeiro no período eleitoral, foram surpreendidos com um planejamento falho e absurdo, que – se posto em prática – poderá ter consequências fatídicas. No briefing operacional realizado no final da tarde desta sexta-feira, ficou evidente o total desconhecimento sobre normas de segurança operacional. Segundo estabelece a Ordem de Missão Policial, um policial federal – apenas um (Equipe de UM!) – ficaria responsável pela segurança dos magistrados, funcionários e das urnas eleitorais, sem ter à sua disposição viatura ou meios de comunicação, numa cidade que não conhecem e que apresenta altíssimos índices de criminalidade.
''O planejamento desta operação contraria todas as normas e regulamentos de segurança largamente difundidos nos cursos de formação e especialização na Academia Nacional de Polícia e cotidianamente utilizados pelos policiais federais. Isto é muito grave!'', atesta o presidente do Sindipol/DF, Jones Leal. As falhas apontadas no planejamento da missão, colocam em risco – irresponsavelmente – não só a integridade dos policiais, mas dos magistrados e todos que dependem da segurança. Os policiais federais de Brasília comunicaram ao Sindipol/DF as estranhas, inéditas e improvisadas condições de trabalho constantes da missão, cobrando a adoção de urgentes medidas administrativas de logística e de segurança, sem as quais torna-se totalmente desaconselhável a execução da missão.
Os dirigentes do Sindipol/DF já entraram em contato com a Direção-geral, com a assessoria do ministro da Justiça e da ministra Carmen Lúcia, presidente do TSE, alertando para os riscos advindos das improvisações propostas na missão. Uma nova reunião foi marcada para este sábado, 6, às 12h30, com o Superintendente Regional do DPF no Rio de Janeiro, Valmir Lemos, quando será discutida uma solução para o problema.
Veja abaixo o Parecer Técnico sobre o Planejamento Operacional emitido pelo Setor de Ensino Operacional da Academia Nacional de Polícia, que – dentre outras – esclarece que ''a doutrina repudia e não recomenda que qualquer serviço policial seja efetuado por apenas um policial''.
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