Fonte: Campo Grande News
Na próxima sexta-feira (30), a morte do indígena Oziel Gabriel, 35 anos, completa três meses e a Polícia Federal ainda aguarda laudos periciais que estão em Brasília. Oziel foi morto com um tiro no abdômen durante um conflito na reintegração de posse da Fazenda Buriti em Sidrolândia.
O delegado Mario Paulo Machado Nomoto tem até o dia 9 de outubro para encerrar o inquérito. O prazo para a conclusão das investigações foi estipulado depois que a polícia recebeu um laudo de 71 páginas sobre a morte de Oziel.
Mesmo com o documento extenso em mãos, a Polícia Federal não pode prosseguir nas investigações até que outros dois audos que estão em Brasília sejam encaminhados para o Estado.
Segundo a PF, um dos documentos está com a Ditec (Diretoria Técnico-Científica) e outro com o INC (Instituto Nacional de Criminalística), considerado um dos maiores parques tecnológicos da criminalística da Polícia Federal.
O delegado justifica que o prazo para a conclusão das investigações se estendeu porque “esse inquérito é complexo, tem 1.225 mil páginas e está apurando não só a morte, mas todo o contexto da situação”.
Conflito – No dia da reintegração de posse, o corpo de Oziel foi levado do hospital para a funerária, onde foi feita a declaração de óbito. A vítima deveria ter sido encaminhada, ao IML (Instituto Médico Legal), onde o médico legista faria o atestado.
O atestado de óbito comprovou que o índio foi morto por um tiro no abdômen, supostamente disparado por policiais federais. Policiais militares também participaram da desocupação.
Os índios passaram a acusar a polícia de ter efetuado o disparo. O velório de Oziel foi interrompido e um perito de Brasília veio ao Estado a pedido da presidente Dilma Roussef, realizar a perícia no corpo do índio.
As investigações por parte da Polícia Federal começaram no início de junho quando policiais foram até o hospital da cidade e ouviram todos que tiveram contato com o índio.
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