Presidente da Fenapef, Wink, juntamente com diretores do Sindipol/DF, Gutemberg e Mauro Lemos
Na manhã do último dia 03, diversos representantes das Polícias Civil e Federal de todo o país estiveram no Congresso Nacional, na tentativa de retirar da pauta de votação a PEC 549, que trata das mudanças na estrutura do cargo de delegado, transformando-o claramente aos moldes do que ocorre na Polícia Civil.
Se for aprovada, o salário de um delegado poderá chegar a R$ 25 mil. Além do impacto nas finanças estaduais, a proposta provocará um abismo salarial entre os policiais e o conseqüente desestímulo para as categorias.
O Sindipol/DF já vinha mantendo contato com parlamentares no último mês e já havia solicitado à Fenapef que articulasse com os demais para trabalhar mais intensamente na Câmara. “Os delegados faziam lobby diariamente e nossos sindicatos não estavam acompanhando”, disse Avelar.
Também estavam presentes representantes de delegados que, ao contrário dos demais policiais, lutam a favor da PEC 549. Os delegados de Polícia Federal apóiam essa idéia, já que não aceitam a carreira única. Se os delegados desejassem vantagens para a polícia como um todo, não estariam buscando apenas para a sua carreira. Não houve, em momento algum, articulação com as demais entidades.
Enquanto estiveram na Câmara dos Deputados, foram mantidos diversos contatos com parlamentares pelo presidente do Sindipol/DF, Cláudio Avelar, inclusive em conversa com o Deputado Federal Zenaldo Coutinho (PSDB-PA). Avelar explicou ao deputado que buscam uma carreira policial, na essência da palavra, motivo suficiente para discordar dessa PEC. “A carreira policial deve ser subsidiada por uma ciência policial e não vista como ciência jurídica”.
O parlamentar ficou convencido dos argumentos apresentados, porém ressaltou que até o momento entendia que a PEC 549 era justa, aconselhou que os policiais se mobilizem para que não entre em votação, pois concorda que o assunto realmente merece mais discussão, indicando que caso fosse votada poderia ser aprovada .Sugeriu :“Convoquem uma revisão da carreira policial”.
Posteriormente os policiais foram até ao PDT, onde o líder, Vieira da Cunha destacou que é contra a proposta e garantiu que a PEC 549 não entra em votação nesta semana, devido à votação do imposto da saúde.
Em decorrência dessa caminhada no Congresso, os representantes de Sindicato e Federação perceberam a necessidade de mobilização das bases devido à gravidade do assunto, pois se a proposta for aprovada poderá definitivamente se encerrar qualquer discussão sobre a tão espera carreira policial. Há de se lembrar que esse é o sentimento comum à maioria esmagadora dos policiais brasileiros.
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