A Operação Lava Jato fez com que a Polícia Federal tenha sido aclamada por boa parte da população brasileira. As prisões de pessoas da alta cúpula política e também grandes empresários enalteceram o trabalho da corporação e colocaram a Polícia Federal no foco dos elogios populares. Porém, apesar de sempre mostrar serviço para o povo, os policiais não estão satisfeitos com as condições que têm encontrado dentro da instituição, afirmou o presidente do Sindicato dos Policiais Federais do Distrito Federal (SINDIPOL/DF), Flávio Werneck.
Em entrevista ao programa Perguntar Não Ofende, Werneck disse que promoveu com outros policiais uma pesquisa, junto à Universidade de Brasília, para avaliar a corporação. O resultado não foi dos melhores, mas nada foi feito para mudar a situação.
“A pesquisa demonstrou que nosso ambiente de trabalho é bem deteriorado. Nós temos tensões muito grandes, assédio moral elevado e precisaríamos trabalhar esse problema dentro do departamento. Isso foi encaminhado tanto para o Ministério da Justiça quanto para a Direção Geral… mas estamos até hoje sem solução”, revelou.
Por outro lado, Werneck afirma que os policiais federais têm o reconhecimento da população brasileira. Para ele, trata-se de um contrassenso o massacre interno e a dificuldade de diálogo que os policiais federais enfrentam.
Troca de direção
Werneck disse ainda que aprova a troca do comando da PF, já que Leandro Daiello ocupava o cargo de diretor geral há um certo tempo. A expectativa agora é que o diálogo entre os policiais federias e a instituição seja retomado.
“A gente precisava, era necessário. Internamente o desgaste era muito grande. Não havia mais uma ponte de diálogo. Mesmo com os relatórios da UnB, os documentos que encaminhamos de eventuais problemas de recursos humanos, não foram respondidos. A esperança dos policiais federais é que seja retomado esse diálogo para que a gente diminua a tensão interna”, afirmou.
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