EDSON LUIZ
DA EQUIPE DO CORREIO
Nos últimos quatro anos, a Polícia Federal se modernizou, se reequipou e se transformou em um dos principais órgãos do governo. Nesse período, foram preenchidos cerca de 4,7 mil cargos, mas a PF corre o risco de perder parte de seu efetivo nos próximos anos. Segundo levantamento do Ministério do Planejamento, hoje 2,9 mil policiais, 36,7% da corporação, estão acima dos 40 anos e muitos deles próximos à aposentadoria. E não é só a PF que atravessa esse problema. Em outros órgãos fiscalizadores, como Receita Federal e Previdência Social, a situação é parecida.
Somente este ano, 260 funcionários da PF pediram a aposentadoria, um número semelhante ao de 2006, quando 281 policiais deixaram a instituição por tempo de serviço. Alguns continuaram, mas com a decisão do Ministério do Planejamento de cancelar a gratificação que recebiam, decidiram se aposentar. E o problema não é novo. Em 2002, pelo menos 630 servidores optaram por deixar a PF. A debandada pode continuar, nos próximos cinco anos, mas em escala bem maior do que no passado.
Pelo levantamento revelado no Boletim Estatístico de Pessoal, do Ministério do Planejamento, dos 1.450 delegados, 26,5% estão entre
Último curso
Quando anunciou o delegado Luiz Fernando Corrêa como novo diretor-geral da Polícia Federal, o ministro da Justiça, Tarso Genro, afirmou que uma das prioridades era realizar novos concursos nos próximos anos. A última turma de policiais que se formou na Academia Nacional de Polícia, em julho deste ano, ainda era do último curso, iniciado em 2003. E a possibilidade de novas admissões, pelo menos este ano, é pequena. Para que isso aconteça, será necessária uma reestruturação física da corporação, apesar dos avanços ocorridos nos últimos quatro anos.
Nesse mesmo período, o número de policiais e funcionários administrativos cresceu mais de 60% em relação ao período entre
Atualmente, dos 3.156 auditores fiscais da Receita Federal, 36,5% estão entre 41 e 50 anos. A Previdência Social hoje possui 1.363 auditores e desde 2005 não realiza nenhuma contratação para a função. Porém, 76,3% desses auditores estão entre os 40 e 60 anos, muitos na faixa da aposentadoria. Desse percentual, 33,8% possuem idade de
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