Fonte: Agência Sindipol/DF
A Polícia Federal é ainda vista como porta de entrada para muitos estudantes que sonham com a carreira estável no serviço público e, mais ainda, em cumprir uma missão visando o bem da sociedade brasileira, no combate ao crime e na busca pela verdadeira segurança pública. Mas, infelizmente, a instituição está, também, entre as que geram dúvidas quanto ao futuro desses estudantes, devido às ingerências que têm recebido espaço no noticiário, demonstrando a fragilidade nas corporações e nas relações entre os profissionais.
Além dos problemas estruturais da Polícia Federal, com o baixo investimento nas instalações de trabalho ou mesmo nos instrumentos de trabalho de cada policial, os problemas psicológicos têm atingido intensamente a categoria, causando perdas na produtividade e no quadro de profissionais, com a morte desses, em casos cada vez mais constantes de suicídio.
No Brasil, morrem mais policiais que tiram a própria vida, do que no combate ao crime. Em quatro anos da atual gestão do DPF, foram contabilizados mais de 19 suicídios. De 2003 a 2013, o número alcançava a marca de 22 agentes e somente no período entre março de 2012 a março de 2013, 11 policiais sucumbiram à pressão do ambiente de trabalho. A síndrome do pânico e a depressão estão entre as doenças que mais devastam a categoria.
Não bastasse toda essa problemática envolvendo a vida e a estabilidade mental dos policiais federais, há no caminho uma pedra conhecida por PEC 412, desaprovada por 90% da Polícia Federal, de interesse apenas para uma categoria, com bojo ilusório de autonomia para todos. Porém, a proposta concede garantias apenas à direção geral da PF, como a autonomia administrativa e financeira, bem como reforça o apartheid institucional hoje existente.
Abaixo, diálogo travado entre um Policial Federal e um cidadão brasileiro, que tem o sonho de ingressar na PF, mas tem receio da convivência e de sua saúde mental.
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