Fonte: A Crítica
O deputado federal Fábio Trad (PMDB/MS) voltou a criticar o estado de abandono e a precariedade em que se encontra a Polícia Federal (PF), especialmente nas regiões de fronteira.
Ele citou, como exemplo, a Delegacia de Ponta Porã, que teve a sua carceragem interditada pela Justiça, no início do mês. Com a medida, além da interdição parcial, a PF está proibida de acolher novos presos nas celas, sob pena de responsabilização pessoal.
Os presos devem ser encaminhados para outras unidades prisionais, mediante a instrução da Coordenadoria das Varas de Execução Penal (Covep), que faz o gerenciamento global das transferências temporárias ou definitivas de presos entre unidades penitenciárias.
Preocupado com a situação, que tem se agravado nos últimos meses, Trad afirmou novamente o que havia declarado há algum tempo, que “é de extrema importância que a sociedade se mobilize em prol de uma Polícia Federal forte e equipada, que valorize seus profissionais. Sem isso, toda a sociedade sofre e fica a mercê das irregularidades e crimes”.
Ainda segundo ele, é preciso que o governo se atente para o fato de que, uma PF fragilizada pela falta de estrutura e condições de trabalho também implicará no enfraquecimento da repressão aos crimes, especialmente o tráfico de drogas e armas, além do contrabando.
Conforme a Federação Nacional da Polícia Federal (Fenapef), a PF passa pela pior crise da sua história, a começar pelo efetivo insuficiente para suprir a demanda, as condições de trabalho são precárias e as unidades estão sucateadas.
Em média, 250 policiais deixam a instituição por ano. “Atualmente, o Brasil conta com cerca de 11 mil policiais federais. Num passado não muito distante esse número era maior – cerca de 15 mil.
Para Trad, a interdição da carceragem da Delegacia de Ponta Porã é apenas a ponta de um iceberg, pois a situação é grave não somente naquele município, ou mesmo em MS, mas em todo o País.
Comments are closed.