Fonte: Agência Fenapef
A Federação Nacional dos Policiais Federais (Fenapef) sai em defesa da atuação irrepreensível dos agentes federais que trabalharam na Operação Carne Fraca. O presidente da Fenapef, Luís Boudens, diz que, na intenção de proteger setores do mercado e do governo, há uma orquestração para descredenciar as investigações de uma categoria que já provou merecer a confiança da sociedade.
Agentes federais desmontaram, na sexta-feira (17), uma máfia de empresários que subornava fiscais do ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento e políticos para obter licenças de venda de proteína animal sem a fiscalização devida dos produtos frigoríficos.
Segundo as investigações dos policiais, o esquema contava com a participação de fiscais da vigilância sanitária que eram subornados por empresários para flexibilizar a fiscalização, permitindo alterar datas de vencimento de carnes e utilizar agentes químicos proibidos.
Luís Boudens reforça que a operação Carne Fraca é de suma importância, uma vez que as empresas e servidores públicos envolvidos negligenciaram de forma grave a saúde dos consumidores. “A operação carne fraca reforça o compromisso dos federais com combate à corrupção no Brasil e com os interesses da sociedade”, afirmou. “O trabalho técnico investigativo não deve ser maculado por eventual interpretação dissociada da verdade dos fatos”, complementou.
Boudens faz questão de observar, ainda, que os agentes federais que trabalham nas investigações não participam da divulgação nem da comunicação quando do fechamento das operações, uma prática, muitas vezes com caráter somente midiático, que vem sendo adotada apenas pelos delegados federais. “Maurício Moscardi, por exemplo, não tem a menor condição de ser apresentado como coordenador de qualquer operação. Seu tempo na PF por si só já justifica sua inexperiência para tratar de assuntos delicados como o eventual abalo econômico advindo de uma grande operação como a Carne Fraca “, assevera Boudens.
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