Fenapef quer indenização para policiais federais que atuam nas fronteiras
O presidente da Fenapef, Luís Boudens, vê com preocupação a alta rotatividade de policiais federais nas fronteiras do país. “A troca constante compromete o controle nesses pontos sensíveis e o combate aos crimes transnacionais”, diz. As investigações exigem celeridade e continuidade, devem ser tratadas como um produto perecível. “Se o órgão troca de período em período a equipe que conduz uma investigação e detém todo seu histórico por policiais novos, muitos ainda sem experiência, todo o trabalho de inteligência, levantamento de dados e acompanhamento ficará prejudicado”, adverte. Isso porque, explica Boudens, , a equipe substituta levará tempo precioso para pegar o fio das investigações, sobretudo as mais complexas. “Quanto mais longe do crime fica a investigação, mas difícil fica para desvendar os crimes ou preveni-los”.
Boudens atribui a essa alta troca de efetivo à falta de incentivo. “Nem todo mundo aceita permanecer nessas regiões, muitas isoladas e de difícil provimento recebendo valores iguais ou menores do q em cidades com IDH e estruturas melhores”. Parte da solução, segundo ele, é o governo regulamentar imediatamente lei que prevê indenização de R$ 91,00 para os policiais federais que trabalham na fronteira.
Comments are closed.