A Federação Nacional dos Policiais Federais (Fenapef), profundamente consternada, manifesta, em nome da categoria, toda a solidariedade aos policiais rodoviários federais, que perderam dois colegas na manhã desta quarta-feira (18). Márcio Hélio Almeida de Sousa e Raimundo Bonifácio do Nascimento Filho foram assassinados enquanto trabalhavam.
Assim como os Policiais Rodoviários Federais, nós, Policiais Federais, somos conhecedores do risco que corremos em missões, no nosso caso, em cada canto do país, como o enfrentamento ao tráfico de drogas e seres humanos, assaltos a bancos e sequestros, entre muitos outros. Assumimos, portanto, o desafio de proteger a sociedade.
Preocupa-nos, porém, que mudanças feitas em nossa rede de proteção estejam deixando nossas famílias completamente desamparadas. A recente Reforma da Previdência retirou diretos históricos dos Policiais Federais, desprotegendo e fragilizando o policial e sua família, fazendo com que, por exemplo, o cônjuge de um policial recém ingresso na corporação tenha benefício reduzido e por tempo limitado, ainda que ocorra morte em serviço.
Há também muito pouca proteção social para o policial aposentado por invalidez. Nenhum seguro de vida. E, no caso da Polícia Federal, um elevadíssimo índice de suicídios, já que não há um sistema de apoio à saúde mental para o servidor.
Entendemos que os recordes de bons resultados das forças policiais da União requerem o reconhecimento e a valorização a seus integrantes. A prioridade para a segurança pública é uma promessa que precisa ser concretizada.
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