Formada por parlamentares, entidades sindicais e sociedade civil, a Frente Parlamentar Mista em Defesa pela Previdência Social se reuniu nesta quarta-feira (13), na sala de audiência da Câmara dos Deputados, em Brasília, em agenda preparatória para o lançamento da Frente na 56ª legislatura, que acontece no próximo dia 20 de março, no auditório Nereu Ramos, também na Câmara.
Segundo Flávio Werneck, presidente do SINDIPOL/DF e representante da Central dos Sindicatos Brasileiros (CSB) no encontro, a segunda reunião marcou a importância do debate entre todos os entes envolvidos para apresentação de uma nova proposta de reforma.
“Houve um consenso da necessidade de diálogo direto com o governo para esta reforma da Previdência, o que ainda não houve, e de posicionamento, tanto no que diz respeito a propor alternativas, quanto, se necessário for, a unidade das representações para que a gente tenha força suficiente para alterar o que de pior vier para o trabalhador”, disse Werneck, vice-presidente da Central.
O dirigente também avaliou o peso da CSB no processo de construção da unidade e do diálogo com o governo.
“A CSB tem papel primordial nesta construção de unidade, tendo em vista que hoje representa tanto os servidores públicos quanto os trabalhadores da área privada. A Central teve papel fundamental nas discussões da reforma da Previdência do governo passado, que acabou não tendo êxito por conta da colaboração dos representantes legais ligados à CSB”, completou.
Mobilização popular
O assessor parlamentar da Central, Ernesto Pereira, que também representou a entidade na ocasião, expressou a importância de ter o apoio da população.
“O que vem por aí é a destruição do sistema de aposentadoria e de proteção social aos trabalhadores assalariados. Para se derrotar isso, o movimento sindical precisa ser vanguarda dessa mobilização, mas mobilizando a sociedade, para que a voz do povo chegue dentro do Congresso e a gente consiga ter os votos para barrar essa perda de direitos. Não há outra forma, senão com a mobilização da sociedade”, falou Pereira, que também enfatizou o caminho para a sociedade ficar ao lado do movimento.
“Precisamos ampliar esta Frente, que é mista, com a participação de outros setores. Precisamos desmascarar algumas coisas para a sociedade, como o falso déficit da Previdência e a sonegação das grandes empresas e grandes bancos, que consomem grande parte do nosso orçamento. Senão desmascarar isso, as pessoas acabam achando que a culpa é do tamanho do Estado. Precisamos mostrar isso para conseguir virar o jogo. Não basta somente articulação com deputados, é importante fazer mobilizações, além dos dirigentes terem que conversar em seus estados, com os parlamentares da sua base”, finalizou o assessor.
Durante o ato, a CSB assinou Nota Pública que faz críticas à reforma proposta pelo atual governo, cuja a minuta de texto foi vazada recentemente.
Na Nota, a Frente acredita que a reforma tende a transformar a Previdência Social em um produto de mercado e que alterando a base de cálculo, reduz significativamente o valor das aposentadorias. Com estímulo à atuação por meio de entidades estaduais e municipais, a Frente realizará mais três reuniões antes do lançamento.
Material original no site CBS.
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