Fonte: Correio Braziliense
Pesquisa divulgada pela Confederação Nacional dos Municípios (CNM) ontem, feita com 330 cidades de fronteira (56%) — em um universo de 588 —, mostra que ao menos 221 delas relataram problemas relacionados ao consumo ou tráfico de crack. Segundo os gestores, a droga está ligada a casos de violência, de furtos e de roubos. No levantamento, a maioria dos municípios apontou falhas no policiamento na fronteira e acusou a falta de recebimento de repasses federais no combate ao entorpecente. Somente nas regiões Sul, Norte e Centro Oeste, ao menos de 70% das cidades pesquisadas reclamaram da falta de recursos.
Na avaliação do presidente da CNM, Paulo Ziukoski, a região que mais sofre com a situação é a Norte — fronteira com Peru, Bolívia e Colômbia. Os três países são grandes produtores de coca, que serve de base para o crack, e a proximidade facilita a entrada da droga. Vinte e dois municípios, de um total de 98 que responderam as questões, informaram existir um posto da alfândega, um da Polícia Rodoviária Federal e nenhum da Polícia Federal na fronteira. Para Ziukoski, os municípios devem agir no combate às drogas, mas são castigados por um baixo orçamento. “Quem cuida de região de fronteira é a União”, diz. Procurado, o Ministério da Justiça não se manifestou.
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