Jaílton de Carvalho
Pelo projeto aprovado, a futura sede da Polícia Federal terá um heliponto para facilitar o deslocamento de policiais de helicóptero em momento de crise. Terá ainda restaurante com terraço e vista panorâmica para o Lago Paranoá, berçário, museu, auditório, serviço médico, estande de tiro e garagem para 895 carros. Só no subsolo, cada torre terá quatro andares. Mas a construção não depende apenas da vontade da cúpula da PF. O projeto não foi liberado pela Administração Regional de Brasília, porque o plano diretor urbano proíbe a construção de garagens subterrâneas na área destinada à nova sede.
A restrição teria como objetivo evitar o que os especialistas chamam de adensamento urbano – ou seja, o excesso de edificações e de fluxo de pessoas nas proximidades de uma área residencial. Com a não aprovação do projeto, a polícia deixou de gastar R$ 19 milhões que tinha no orçamento para iniciar as obras ano passado. Este ano, foram alocados R$ 13 milhões. A chefe da Divisão de Projetos de Edificações e Obras da PF, Cláudia Schiavolini, considera a legislação defasada e entende que ela poderia ser modificada para atender às novas demandas da cidade. Caso contrário, a PF precisaria mudar o projeto original. Na mesma área, a empresa Via Engenharia já está construindo um prédio com dois pavimentos de subsolo. As obras estão cercadas com tapumes e placas com indicações dos donos da obra.
Polícia Rodoviária também ganhará novo prédio
A ideia de construção de uma nova sede para a PF surgiu há seis anos, na administração do ex-diretor Paulo Lacerda. Corrêa incrementou o projeto, de olho na visibilidade que a instituição ganhará na estrutura de segurança para a Copa do Mundo de 2014 e para as Olimpíadas de 2016.
Sem recursos para contratar os serviços do escritório de Oscar Niemeyer, a polícia buscou uma solução caseira. Um grupo de arquitetos da instituição, liderado por Fernando Pinheiro, traçou as linhas gerais. A partir daí, coube a empresa MHA, vencedora da licitação, elaborar o chamado projeto executivo, que norteará a construção. O projeto custou R$ 3 milhões. O novo prédio da PF deverá abrigar três mil pessoas. A atual sede, no Setor de Autarquias Sul, comporta mil servidores. Os demais estão espalhados em outros endereços na cidade.
A Policia Rodoviária também está construindo uma sede própria. O prédio, bem mais modesto, no Setor Policial Sul, tem dois andares e custará R$ 30 milhões. As obras devem terminar em setembro. O prédio onde está hoje a PRF é alugado.
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