Fonte: G1
A secretária nacional de Segurança Pública, Regina Miki, afirmou nesta terça-feira (11) que a Força Nacional de Segurança está “apta” a atuar nas cidades-sede durante a Copa do Mundo, que será realizada no país entre junho e julho deste ano.
Regina Miki participou nesta terça da divulgação do Boletim da Força Nacional, na qual foram apresentados dados de operações realizadas pelo contingente em 2013.
“A Força Nacional está apta a atuar em qualquer segmento da segurança pública [durante a Copa do Mundo], seja nos jogos ou fora deles. Nós estamos preparados, sim. Ainda estamos atuando como força de contingência, nós não temos participação efetiva em qualquer estado”, destacou a secretária.
A segurança dentro dos estádios durante o mundial será responsabilidade da Fifa. Segundo a assessoria do Ministério da Justiça, os integrantes da Força Nacional só poderiam atuar na área interna das arenas em casos extremos, como, por exemplo, nas situações em que bombeiros fossem acionados pela segurança privada.
Segundo Regina Miki, a Polícia Rodoviária Federal solicitou ao Ministério da Justiça o envio de tropas para atuar em estradas federais durante o período do mundial. “Me parece que chegou um pedido da PRF para que a gente atue nas estradas federais com eles. Teremos o maior prazer em atuar com a nossa coirmã, a PRF, durante a Copa do Mundo em percursos que se fizerem necessário”, ressaltou Regina.
A assessoria de imprensa da PRF informou não ter feito pedido à Força Nacional, mas, sim, ter solicitado que ações de segurança durante o evento sejam integradas entre os órgãos de segurança nacionais.
Balanço da Força Nacional
O balanço da Secretaria Nacional de Segurança Publica do Ministério da Justiça divulgado nesta terça-feira (11) apontou que, em 2013, houve diminuição no número de adultos presos durante operações da Força Nacional, em comparação com o ano anterior.
Os dados mostram que, no ano passado, foram realizadas 1.294 prisões, contra 1.386 em 2012. Já as apreensões de adolescentes infratores aumentaram em 2013. Segundo o levantamento, houve 61 casos a mais do que no ano anterior. Em 2012, foram presos 210 adolescentes e 271, no ano passado.
“Nós temos trabalhado incessantemente em políticas para que jovens tenham alternativas, e não sejam cooptados pelos crimes. Acreditamos que esses jovens têm direito a escola integral, educação, cultura, lazer, e que, assim, eles dificilmente estariam no crime. Essa é a visão do Ministério da Justiça”, observou Regina.
Os dados divulgados pelo ministério demonstram que, em 2013, foram realizadas 59 operações da Força Nacional em 18 estados e no Distrito Federal. Destas, 30 ainda estão em andamento em 2014 e 29 foram encerradas ano passado.
Entre as ações desenvolvidas pela força, estão patrulhamento de fronteiras, combate a crimes ambientais, segurança de grandes eventos, segurança em penitenciárias e policiamento em áreas indígenas.
Ainda segundo o balanço do governo federal, houve redução no número de apreensões de cocaína e crack entre 2012 e 2013. As apreensões de cocaína caíram 126,14 quilos. Em 2012, foram apreendidos 621,1 quilos da droga, contra 494,9 quilos, em 2013. A quantidade de crack apreendida em 2012 foi de 77,9 quilos, e em 2013, 8,8 kg.
Segundo a Secretaria Nacional de Segurança Pública, houve redução na apreensão de crack, pois o foco de atuação da Força Nacional é nas fronteiras. “Esses dados da força são dados parciais e normalmente não podem ser tidos como absolutos. (…) Por vezes, a substância que dá origem ao crack tem uma apreensão maior e, por óbvias razões, quando falamos de fronteira, não vamos apreender o crack, vamos apreender a cocaína”, disse Regina Miki.
Apesar dos números obtidos pela pasta, a secretária afirmou durante a divulgação do balanço que “não gosta de se apegar” a estatísticas.
“Não gostaria de me apegar aos números (…) O que importa é o trabalho no dia a dia, nós tivemos vários profissionais em atuação nas fronteiras do país e que perceberam crimes em andamento, mas nem sempre a apreensão é feita por eles. Nossos programas não são com base nos registros. O que importa é a atuação em si”, ressaltou Regina.
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