A Secretaria da Segurança Pública do Ceará puniu 36 dos 317 delegados do Estado por ausência no horário de expediente.
Segundo o Ministério Público do Estado, esses policiais eram formalmente delegados-adjuntos –cargo comissionado que dá direito a um adicional de cerca de R$ 6.000 ao ano. No entanto, eles trabalhavam como delegados plantonistas, que não ganham o benefício.
Enquanto o adjunto trabalha 30 horas por semana –das segundas às sextas-feiras, das 8h às 14h–, o plantonista tem uma jornada que alterna 24 horas de trabalho seguidas por 72 de folga.
O caso está sendo investigado pela Corregedoria dos Órgãos de Segurança do Ceará. Segundo a Secretaria da Segurança, os delegados continuam trabalhando normalmente, mas deixaram de receber o adicional pela atividade comissionada.
O presidente do Sindicato dos Delegados do Ceará, Milton Castelo, afirma que o problema é antigo e de responsabilidade da própria Secretaria da Segurança.
Segundo Castelo, o governo aumentou o número de delegacias nos últimos quatro anos e não fez concurso para regularizar o quadro de plantonistas.
Como isso, diz, delegados-adjuntos têm assumido essa função e não a que são originalmente designados para trabalhar. Ainda de acordo com o sindicalista, a determinação para que os delegados mudem de posto vem da própria polícia.
A Secretaria de Segurança afirma que o número de delegados não é suficiente, mas informa que outros 96 já foram selecionados por meio de um concurso.
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