Foto de Fábio Rodrigues Pozzebom/Divulgação/ABr
NÁDIA GUERLENDA – Folha de São Paulo – DE BRASÍLIA
Em uma quarta-feira (8) tranquila no julgamento do mensalão, servidores da Polícia Federal que estão em greve protestaram em frente do STF (Supremo Tribunal Federal) por reestruturação salarial.
“O que está sendo julgado fomos nós que produzimos, acho que nada mais justo do que mostrar que fomos nós que trouxemos o julgamento para cá hoje”, afirmou Jones Leal, presidente do Sindpol-DF (Sindicato dos Policiais Federais no Distrito Federal).
Os manifestantes — cerca de 400, de acordo com a organização — “abraçaram” o Supremo por fora das grades que separam o tribunal da Praça dos Três Poderes, cantaram o hino nacional e entoaram gritos de “fora PT” e “fora corrupção”.
Praticamente todos os seguranças do Supremo foram mobilizados para a manifestação, assim como os policiais militares presentes por causa do mensalão, mas o protesto seguiu sem qualquer percalço.
Além da reestruturação salarial — de acordo com Leal, a categoria está na 104ª posição na tabela dos servidores de nível superior no Executivo federal –, os grevistas pedem ainda a saída do diretor da PF, Leandro Daiello.
“Ele é um dirigente classista, um dirigente que trata somente dos interesses dos delegados, esquecendo que o departamento é composto também por agentes, escrivães, papiloscopistas, servidores administrativos e peritos”, disse o líder sindical.
Leal afirmou que teria uma reunião com o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, por volta das 18h desta quarta-feira. De acordo com ele, há cerca de dois anos e meio a categoria tenta negociar com o ministério, mas apenas após o início da greve, na terça, foi agendado o encontro.
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