Papiloscopista da Polícia Federal e secretário-geral do Sindicato dos Policiais Federais no Distrito Federal (SINDIPOL/DF), Marco Antonio de Souza, apresentará sua pesquisa na V Edição do Encontro Brasileiro de Espectroscopia Raman (EnBraER) que será realizado de 3 a 6 de dezembro, no Centro de Eventos do Hotel Leão da Montanha em Campos do Jordão (SP).
Pesquisadores e estudantes que atuam nos diversos segmentos da pesquisa científica associados à Espectroscopia Raman participarão do encontro. Dos 198 trabalhos aceitos pela Comissão Científica do evento, 33 foram selecionados para exposição oral, como é o caso do projeto de Marco Antonio.
Toda a comunidade científica foi convidada a estreitar relações discutindo temas relacionados a fundamentos, simulações e aplicações experimentais da Espectroscopia Raman e suas ramificações num ambiente com pesquisadores de alto nível, incluindo estudiosos internacionais.
Abordagem recente
Marco Antonio de Souza é químico e, desde que ingressou no DPF, procura encontrar outras informações nas impressões digitais; além da identidade de alguém. Segundo o pesquisador, o objetivo da pesquisa é aprimorar o processo de persecução criminal, a partir da busca de traços de droga, explosivos e metabólitos em impressões digitais. As informações dentro de um contexto podem inserir um suspeito dentro de uma cena de crime, por exemplo. “Esse tipo de abordagem com impressões digitais vem sendo explorada pela comunidade científica desde o final da década de 90. A metodologia com a qual decidi trabalhar é recente – data da década de 70”, explica.
“O meu trabalho abordou, inicialmente, a identificação de metanfetamina em soluções aquosas, em concentrações muito baixas utilizando intensificação de sinal Raman por meio de supefície melhorada com nanopartículas (Eurface Enhancement Raman Spectroscopy – SERS) de prata. Essa é uma forma de aprimorar os testes primários de identificação de entorpecentes. Eu enxerguei a possibilidade de usar a mesma superfície para analisar a impressão digital quimicamente e encontrar vestígios de drogas”, define Marco Antonio.
Para Marco Antonio, é instigante a possibilidade de contribuir para a PF e na eficácia da persecução criminal. “Ainda não acredito que possa apresentar uma metodologia pronta, mas sim a base científica. Com o aperfeiçoamento da técnica será possível utilizarmos lâminas para identificar drogas nas regiões de fronteira. Também será possível identificar traços de substâncias de interesse para uma investigação em curso, contidas nos dedos do suspeito”, destaca.
Saiba mais
Mais informações sobre o evento como resumo dos trabalhos, inclusive o do papiloscopista Marco Antonio, podem ser encontradas pelo site do evento: http://www.enbraer.org/
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