Promotores de Justiça, procuradores e delegados condenam o atentado ao repórter do Correio como uma afronta à liberdade de expressão e uma prova de que a violência no Entorno exige uma resposta enérgica
Leonardo Bandarra, Procurador-Geral do MPDF |
“É uma lamentável prova do quão perigosa está a situação no Entorno. A população que vive ali precisa de uma resposta urgente das autoridades públicas, porque está abandonada. A Constituição de 1988 parece um livro sem valor, pois passados 19 anos de sua promulgação, há partes do Brasil muito próximas à capital que são verdadeiros territórios sem lei.” Eduardo Flores Vieira, Defensor Público Geral da União |
“O Ministério Público do Distrito Federal e Territórios vai usar todos os instrumentos de atuação possíveis para coibir esse tipo de violência, que configura um atentado à liberdade de imprensa e de expressão. Um crime como esse é muito grave porque representa um ataque às instituições brasileiras.” Libânio Rodrigues, promotor de justiça |
“É inconcebível que uma pessoa com uma capacidade de aglutinção e conscientização, como um repórter, seja vítima de um crime como esse. A região do Entorno é o retrato da violência há anos. É preciso que os governos do Distrito Federal e de Goiás tirem desse episódio negativo uma coisa boa, que eles decidam realmente atacar os problemas da região.” Sandro Avelar, associação dos delegados da PF |
“Temos que reagir com total indignação. E, em nenhuma hipótese, o jornal e as instituições podem recuar da missão de denunciar a realidade que tortura milhares de brasileiros. É chocante que o jornalista Amaury Ribeiro Júnior tenha sido vítima da violência do Entorno, que ele com tanto talento e coragem apresentou para a população de Brasília nos últimos dias.” Estefânia Viveiros, presidente da OAB-DF |
“O patamar de violência no Entorno está elevadíssimo. Precisa haver uma reação. As equipes de inteligência da Polícia Civil já foram enviadas para investigar as circunstâncias do crime contra Amaury, mas ainda não sabemos o que ocorreu. Acredito que o aspecto político do caso possa apressar o processo de intervenção no Entorno.” Delegado Cléber Monteiro, diretor-geral da Polícia Civil do DF |
“A Divisão de Operações Especiais da Polícia Civil vai começar as investigações do caso hoje. Precisamos esclarecer se ele foi realmente vítima de um atentado. Mas a situação no Entorno é muito grave e os governos estão se organizando para fazer uma intervenção na região. Precisamos combater o crime organizado e a violência que assolam o Entorno.” Miguel Lucena, chefe da comunicação social da Polícia Civil do Df |
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