Investigação apura suposta fraude em licitação para concessão de ferrovia.
Governador nega irregularidades e diz investigação garantirá 'justiça'.
A Justiça Federal ordenou a remessa do inquérito da Operação Toque de Midas ao Supremo Tribunal Federal (STF) para investigação sobre suposto envolvimento do governador do Amapá, Waldez Góes (PDT), e do deputado Jurandil Juarez (PMDB-AP) em fraudes na licitação para concessão da ferrovia que liga o município de Serra do Navio ao Porto de Santana.
A determinação é do juiz Anselmo Gonçalves da Silva, da 1ª Vara Federal de Macapá, que acatou parecer da Procuradoria da República pelo desmembramento da investigação. Ficará sob responsabilidade da Justiça do Amapá a parte do inquérito que mira empresários, lobistas e servidores públicos que não detêm foro privilegiado.
“A prova documental e os áudios das interceptações telefônicas deixam evidente o envolvimento direto do deputado federal Jurandil Juarez e do governador Waldez Góes no favorecimento administrativo para que a empresa Acará Empreendimentos vencesse a Concorrência 01/2005”, escreveu o juiz.
Licitação
A Acará venceu a licitação, mas em março de
O deslocamento dos autos para o STF foi requisitado pelo Ministério Público Federal (MPF), que vê indícios de ligações do governador para sonegação e desvio de ouro lavrado nas minas do Amapá. As suspeitas do MPF também apontam para Jurandil Juarez, que na época do negócio era secretário de Estado de Planejamento, Orçamento e Tesouro do governo Waldez Góes.
Desdobramento
No dia 16 de setembro, diretor-executivo da Polícia Federal, Romero Menezes, número dois na hierarquia da instituição, foi preso por suspeita de advocacia administrativa. Ele é investigado por ter favorecido o irmão José Gomes de Menezes Júnior, que tem uma empresa de serviços gerais e vigilância e também chegou a ser preso.
A prisão foi um desdobramento da Operação Toque de Midas, que ocorreu em julho deste ano e que investiga indícios de que empresas do empresário Eike Batista podem ter infringido a lei de licitações durante processo de concessão de uma estrada de ferro no Amapá. A empresa de José Menezes prestou serviços a Eike Batista.
Ascom com informações do G1
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