Fonte: Correio Braziliense
Em obras há um ano, o terminal de Brasília só é mais bem avaliado que o de Cuiabá e o de Guarulhos (SP), conforme pesquisa feita pela SAC
Com cheiro de tinta e tapumes por todos os lados, o Aeroporto Internacional Juscelino Kubitschek é o terceiro pior do país na avaliação de passageiros de voos domésticos e internacionais. Pesquisa realizada nos últimos quatro meses de 2013 em 15 terminais — e divulgada ontem pela Secretaria de Aviação Civil (SAC) da Presidência da República — reforça a insatisfação dos frequentadores do aeroporto da capital federal.
Em uma escala em que 5 representa a pontuação máxima, o terminal de Brasília recebeu nota 3,55. O resultado, abaixo da média nacional (3,82), só não foi pior que os de Cuiabá (3,43) e de Guarulhos (3,31). Após apresentar saltos consecutivos na pesquisa de avaliação ao longo de todo o ano passado, o aeroporto de Campinas (SP) chegou ao topo do ranking, com 4,12 pontos. Curitiba, Natal e Congonhas (SP) também registraram notas acima de 4.
O JK ocupa a pior colocação em três dos 39 itens analisados: transporte público de e para o aeroporto, velocidade na restituição de bagagem e conforto nas salas de embarque. Também chamam a atenção dos usuários, negativamente, as instalações e o custo do estacionamento, a disponibilidade de táxi, a estrutura comercial e o valor dos produtos (incluindo os de alimentação) e o tempo na fila da imigração, no caso de quem vem do exterior.
Transtornos
Em obras há mais de um ano, o aeroporto de Brasília tem sido bastante criticado por quem o frequenta. Em nota, a Inframerica, administradora do terminal, diz que a situação é temporária e que procura minimizar “eventuais transtornos”. Os trabalhos, segundo a empresa, devem ser concluídos em maio deste ano. Para um mês antes está prevista a inauguração de 11 pontes de embarque, em “espaço mais moderno”. Até o momento, 78% do cronograma estão concluídos.
Insistindo na alegação de que os passageiros serão recompensados após a confusão das obras, a Inframerica sustenta que a expansão do aeroporto da capital do país “é uma das mais complexas entre as cidades sedes da Copa do Mundo, visto que as reformas ocorrem simultaneamente à operação”. Enquanto isso, no entanto, os usuários têm de lidar com falhas básicas na sinalização, no acesso ao terminal e em tantos outros itens de conforto e funcionalidade.
O ministro Moreira Franco, da SAC, não cansou de exaltar a pesquisa de satisfação. Saiu em defesa dos passageiros, chamando-os de “excelências”. Desejou que a “reclamação insistente” provoque mudanças, como a queda de preços nos estabelecimentos comerciais dos terminais. Mas evitou fazer qualquer juízo de valor sobre cada um em particular. “Perguntem às concessionárias o que elas farão para melhorar essa situação”, esquivou-se.
Provocado sobre o assunto, Moreira Franco afirmou que as avaliações da pesquisa podem resultar em consequências mais concretas, talvez com algum tipo de recomendação ou mesmo punição às concessionárias. Por ora, porém, as estatísticas servirão apenas para “estimular a concorrência” entre os aeroportos. “Acabou o monopólio. O cliente, agora, pode escolher o terminal em que ele quer fazer conexão”, disse.
» Fique ligado
Veja a classificação dos terminais aeroportuários do país
Os 10 piores aeroportos
» Guarulhos
» Cuiabá
» Brasília
» Manaus
» Porto Alegre
» Salvador
» Santos Dumont (RJ)
» Fortaleza
» Galeão(RJ)
» Confins (MG)
As principais queixas em Brasília
» Valor dos produtos comerciais e de alimentação
» Estrutura das lojas
» Velocidade de restituição de bagagem
» Conforto nas salas de embarque
» Custo e estrutura do estacionamento
» Disponibilidade de táxi e transporte público
» Tempo na fila de imigração
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