A Polícia Federal poderá passar por um remanejamento de cargos nos próximos meses com o desfecho dos processos judiciais e administrativos que tramitam contra diretores e coordenadores. Apesar de afirmar que eventuais mudanças só ocorrerão em função dessas ações, o diretor-geral da instituição, Paulo Lacerda, não descartou a possibilidade. “Hoje estou satisfeito com o trabalho da atual diretoria”, disse. Ele acrescentou que, por ora, não cogita trocas, mas ressaltou que esse quadro poderá perdurar até a definição dos processos administrativos.
Entre os processos, está o do diretor-executivo da instituição, Zulmar Pimentel, o segundo da hierarquia da PF. Ele foi afastado de suas funções por 60 dias pela ministra do Superior Tribunal de Justiça (STJ), Eliana Calmon, sob a suspeita de vazar informações privilegiadas sobre a Operação Octopus, que deu origem à Operação Navalha. Ele teria informado ao superintendente da PF no Ceará, João Batista Santana — que também foi afastado por dois meses — que ele estava sob investigação.
Rodízio
“Esperamos que tudo se esclareça, tanto no âmbito judicial quanto em relação aos processos administrativos que foram abertos”, afirmou Lacerda, um adepto ao sistema de rotatividade na PF. Cada funcionário com cargo de chefia é trocado a cada dois anos, o que não aconteceu com a atual diretoria.
No entanto, dentro da PF circulam informações de que Paulo Lacerda pretende distanciar desafetos para evitar que o trabalho e a imagem da instituição sejam arranhados. Com isso, outros delegados, principalmente da nova geração, ocupariam cargos estratégicos para que depois assumam diretorias. (EL)
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