Fonte: Agência Sindipol/DF
As investigações realizadas pelos agentes da Polícia Federal, na Operação Lava Jato, têm sido alvo de velhas acusações quando a justiça bate à porta daqueles que detêm o poder monetário e/ou político. A estratégia é sempre a mesma. Jogar para a torcida e gritar que há invasões arbitrárias. Não se trata da adoção de um “Estado policialesco” e nem de conluio entre polícia, MP e judiciário, como afirmou um ministro do STF após a eclosão da operação Satiagraha, em 2008. Todos os atos de mandado de busca e apreensão e condução coercitiva dessa operação e de outras foram precedidos de autorização judicial.
A pressão sobre a PF e o MPF aumentou a partir do dia 3 de março quando o procurador-geral da República entregou uma lista com 28 pedidos de inquéritos contra 50 políticos de seis partidos. As investigações foram autorizadas pelo ministro Teori Zavascki, do STF. Na lista, estrelavam vários nomes de peso da política brasileira, alguns com grande espectro de influência no Congresso Nacional.
Porem, é preocupante a informação de que escutas ambientais, sem autorização judicial, foram instaladas na cela do doleiro Alberto Youssef e no fumódromo da superintendência da PF, no Paraná. As circunstâncias desse fato ainda são nebulosas. Mas, quando se trata da espada da justiça pairar também sobre a cabeça do herdeiro da maior empreiteira do Brasil, nenhuma teoria pode ser descartada. Recentes anotações apreendidas pelos policiais federais demonstram que uma das estratégias de defesa contra a Lava Jato é a utilização de “dissidentes da PF”. Ou seja, o relatório elaborado pelo Grupo de Trabalho aponta que o empreiteiro pretendia anular a investigação por meio da cooptação de policiais federais.
Quem viver verá. Os “senhores feudais” do Brasil conseguirão, mais uma vez, como ocorreu com a Operação Castelo de Areia e a Satiagraha, anular uma investigação da PF nos tribunais superiores? Essa é a pergunta que todo o povo quer resposta. De preferência, célere.
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